O Brasil registrou nesta última sexta-feira (22), pela terceira vez, mais de 1.000 mortes por coronavírus em um único dia, superando a Rússia como o segundo país do mundo com os casos mais confirmados, atrás somente dos Estados Unidos.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, 1.001 mortes foram registradas por causa do vírus. O total de mortes confirmadas no país chega a 21.048, o sexto no mundo com mais mortes por COVID-19.
O balanço também confirma 20.803 novos casos, aumentando o total para 330.890, tornando o Brasil o segundo país com mais casos confirmados no mundo. Até o momento, o segundo país era a Rússia, com 326.488.
Os Estados Unidos são o país com mais casos, 1.590.225, de acordo com estatísticas verificadas diariamente pela AFP com base nos dados oficiais de cada país.
Este é o terceiro dia em que o Brasil excedeu as 1.000 mortes por dia por causa da pandemia, cujo pico não é esperado até o início de junho.
O recorde diário de mortes ocorreu na última quinta-feira, com 1.188 falecimentos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou nesta segunda a América do Sul “o novo epicentro da pandemia”, cujo país “claramente mais afetado no momento é o Brasil”, de acordo com o seu responsável por situações de emergência, Michael Ryan.
São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, concentra mais de um quarto dos mortos (5.773), seguido do Rio de Janeiro (3.657).
Nesses e em outros estados, as unidades de terapia intensiva (UTI) estão à beira do colapso.
A crise da saúde acontece em um momento de forte confusão política, por causa da divergências entre a maioria dos governadores, a favor de medidas de confinamento, e o presidente Jair Bolsonaro, que as critica por causa do impacto econômico.