O desenvolvimento dos 18 contratos de partilha de produção contratados atualmente no Brasil pode demandar a contratação de 21 plataformas de produção (FPSOs) de até 225 mil barris/por dia de capacidade até 2029, estima a Pré-Sal Petróleo (PPSA). O setor ficou eufórico nesta terça-feira (29), pois isso poderá gerar dezenas de milhares de empregos, tantos nos estaleiros ociosos, quanto na própria indústria offshore.
— Os investimentos no desenvolvimento da produção são estimados em US$ 72,4 bilhões entre 2023 e 2032, que incluem desde a construção de 319 poços de produção e injeção às novas unidades.
— As projeções foram atualizadas este mês e serão detalhadas no 5º Fórum Técnico da PPSA, que será realizado nesta terça (29), informa o epbr.
A produção total da partilha deve atingir 2,949 milhões de barris de petróleo por dia em 2030. Já a parcela do óleo da União pode chegar a 920 mil barris por dia em 2031.
— Em dez anos, a produção acumulada pode atingir 7,7 bilhões de barris, sendo 1,9 bilhão de barris destinados à União até 2032.
Com as projeções vigentes para o preço do óleo, a receita da comercialização, pela PPSA, pode atingir US$ 157 bilhões no período, além de US$ 187 bilhões em royalties e tributos federais.
O gabinete de transição para o governo Lula (PT) já indicou que vai interromper os trabalhos iniciados no governo Bolsonaro (PL) para privatizar o óleo da União na partilha.
— O ministério da Economia de Paulo Guedes enviou para a Câmara um projeto em que pede autorização para liquidar de forma antecipada a produção futura de óleo.
— As análises internas da pasta concluíram que a União poderia arrecadar, em valores nominais, R$ 1,57 trilhão com venda do óleo da partilha em 30 anos. E um desconto de mais de R$ 1 trilhão para antecipar essas receitas seria vantajoso para o país, publicou a epbr.