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domingo 16 de junho de 2024 às 14:47h

Brasil não assina comunicado final da cúpula para a paz na Ucrânia

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O Brasil foi um dos países que não assinaram o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia, realizada neste domingo (16). O documento pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e reafirma a integridade territorial ucraniana.

Em entrevista coletiva na Itália no sábado (15), o presidente Lula da Silva (PT) explicou sua decisão à presidente da Confederação Suíça, Viola Amherd. Lula afirmou que o Brasil só participará da discussão sobre a paz quando os dois lados do conflito, Ucrânia e Rússia, estiverem dispostos a negociar diretamente. “Não é possível você ter uma briga entre dois e achar que se reunindo só com um, resolve o problema”, disse Lula.

O Brasil, em parceria com a China, já propôs uma negociação efetiva para a solução do conflito. “Ainda há muita resistência, tanto do Zelensky [presidente da Ucrânia] quanto do Putin [presidente da Rússia], em conversar sobre paz. Cada um tem a paz na sua cabeça, do jeito que quer”, afirmou Lula. “Quando os dois tiverem disposição, estamos prontos para discutir.”

A embaixadora do Brasil na Suíça, Claudia Fonseca Buzzi, representou o país no encontro internacional. O presidente ucraniano também esteve presente, buscando apoio internacional para seu plano de encerrar a guerra iniciada pela invasão russa.

Sem Unanimidade

Ao final da cúpula, não houve unanimidade entre as 101 delegações participantes. O documento foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Somália e Quênia. O comunicado final afirma que os princípios de soberania, independência e integridade territorial de todos os Estados devem ser salvaguardados.

Quanto à segurança nuclear, os países signatários estabeleceram que o uso de energia e instalações nucleares deve ser seguro e ambientalmente correto, com as instalações nucleares ucranianas, incluindo Zaporizhia, operando com segurança sob controle do país. O documento reforça que qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da guerra em curso é inadmissível.

Segundo a agência Efe, entre os países que não assinaram o comunicado estão os membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de Armênia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México.

Cessar-Fogo Não Aceito

Na sexta-feira (14), o presidente russo, Vladimir Putin, propôs um cessar-fogo imediato na Ucrânia e o início de negociações, condicionado à retirada das tropas ucranianas das quatro regiões anexadas por Moscou em 2022: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhia. Putin também exigiu que a Ucrânia renunciasse aos planos de adesão à OTAN.

Desde fevereiro de 2022, a Ucrânia resiste à invasão russa, exigindo a retirada de todas as tropas russas de seu território e mantendo a pretensão de aderir à aliança militar do Atlântico Norte. As condições impostas por Putin foram rejeitadas de imediato pela Ucrânia, pelos Estados Unidos e pela OTAN.

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