O desempenho das exportações do Brasil no mês de fevereiro registrou um superávit comercial de US$3,1 bilhões, mais que o dobro do que previam todos os economistas. Ao contrário das previsões catastróficas desses especialistas em comércio exterior, as exportações totais aumentaram 15,5% em relação a fevereiro de 2019.
Os dados oficiais, confirmados na segunda-feira (3), desmentiram as expectativas muito negativas sobre o impacto do surto de coronavírus nas exportações.
A média do “consenso” previsto em uma pesquisa da Reuters com economistas, de superávit de US$1,5 bilhão, foi amplamente superado. O Brasil exportou um total de US$16,4 bilhões e importou US$13,3 bilhões.
O subsecretário de Estatísticas do Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse a jornalistas que ainda não foi sentido qualquer impacto nas exportações brasileiras para a China, principal parceira comercial, resultante do coronavírus. Muito pelo contrário: as exportações brasileiras para a China, Hong Kong e Macau saltaram 20,9%.
Apesar do superávit surpreendentemente alto em fevereiro, o comércio ainda deve ser um empecilho para a economia brasileira este ano. As exportações provavelmente sofrerão, segundo o Diário do Poder, uma forte desaceleração do crescimento global, uma fraqueza contínua na vizinha Argentina e agora uma queda acentuada na demanda da China.