O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Cleber Soares, destacou conforme o Estadão, por ocasião do lançamento, no sábado (12) da iniciativa Food and Agriculture for Sustainable Transformation (Fast), na 27ª Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP-27), que a sustentabilidade tem sido a base da agricultura brasileira nos últimos 50 anos.
A iniciativa é liderada pela presidência da COP-27 em parceria com a FAO e países signatários, como o Brasil. Em nota, a pasta explica que a ação tem como objetivo impulsionar os esforços globais de adaptação dos sistemas alimentares, diante da crescente demanda global por alimentos, com o uso eficiente dos recursos naturais.
Soares chefia a delegação do Ministério da Agricultura na conferência que ocorre em Sharm-el-Sheik, no Egito.
“Hoje, a agricultura brasileira conjuga produtividade e conservação, e é um exemplo de como a produção de alimentos pode andar de mãos dadas com geração de renda, inclusão social e gestão ambiental. Além disso, o Brasil é um dos únicos países do mundo capaz de aumentar sua produção agrícola sem incorporar novas terras às atividades produtivas, simplesmente restaurando seus mais de 70 milhões de hectares de pastagens degradadas”, disse o secretário durante painel de lançamento da iniciativa Fast.
Ainda conforme a pasta, em painel sobre Agricultura Resiliente às Mudanças Climáticas, o coordenador-Geral de Mecanização, Novas Tecnologias e Recursos Genéticos do Ministério, Alessandro Cruvinel, apresentou o mercado de bionsumos no Brasil. Segundo ele, 30% dos bioinsumos utilizados no País são fabricados dentro das próprias propriedades rurais, o que contribui para a redução de custos do produtor e da dependência a insumos químicos e importados.
O mercado brasileiro tem crescido a uma média de 8,2% ao ano. E a estimativa, destaca o Ministério, é que, até 2025, 20% dos insumos químicos utilizados na agricultura passarão a ser substituídos pelos bioinsumos.