O Brasil caiu cinco posições e agora é o 84º dos 189 países no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgado nesta terça-feira (15).
Os dados do relatório atual são de 2019. No documento anterior, que analisou os dados de 2018, o IDH brasileiro era de 0,761, o 79º da lista.
O IDH vai de 0 a 1 e é calculado todos os anos com base em três critérios: a expectativa de vida, anos previstos e média de anos de escolaridade e renda nacional per capita.
Na classificação da organização, o Brasil é considerado um país de alto desenvolvimento humano.
O país com a melhor classificação segue sendo a Noruega. O segundo é a Irlanda, empatada com a Suíça. A Alemanha, que era a terceira colocada no ano passado, agora está na sexta posição, atrás de Hong Kong e Islândia, empatadas em quarto lugar.
O Brasil é o sexto entre as nações da América do Sul, atrás do Chile, Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia – os dois últimos estavam abaixo e empatado com o Brasil no ano passado, respectivamente.
Apesar do crescimento de 0,004 ponto, a queda significa que outros países tiveram um desempenho melhor no último ano.
“O Brasil apresenta melhorias constantes e consecutivas. Não há nesse ano mudança em termos de ter retroagido”, explicou Betina Barbosa, coordenadora do Pnud, durante apresentação do relatório. “A queda de um país no ranking final dos países se faz como consequência da melhoria de outros países no comparativo à performance brasileira.”
A ONU considera mudanças na terceira casa decimal “estatisticamente insignificantes”.
Para Barbosa, a melhoria brasileira deste ano poderia sinalizar um crescimento da taxa mais acelerado no próximo relatório – não fosse a pandemia. “É uma melhoria que, comparativamente, seria um arranco, porque sinalizava que a gente estava na trilha ascendente a taxas mais elevadas. Na minha avaliação, em 2020, se não fosse a pandemia, a gente teria um desempenho ainda melhor”, afirmou.
No entanto, o relatório alerta que o documento do ano que vem trará um “choque sem precedentes para o desenvolvimento humano” por conta da pandemia da Covid-19. A ONU projeta que será a primeira vez que o IDH global sofrerá decréscimo.