O Brasil já conta com um total de R$ 700 bilhões em contratos assinados para os próximos dez anos de investimentos do setor privado. Este foi um dos temas apresentados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o painel “O papel da indústria da construção na retomada econômica”, na tarde desta terça-feira (30/11). O painel faz parte do 93º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) – Política & Estratégia.
De acordo com o ministro da Economia, a recuperação econômica e o crescimento sustentável virão através do setor privado. “O plano é transformar a economia brasileira numa grande economia de mercado, numa grande economia de consumo de massa, numa economia que tem impostos mais baixos, numa economia que é mais aberta à integração econômica, numa economia que é desburocratizada, uma economia que depende mais de investimento privados ao invés de empresas estatais”, afirmou.
Durante o evento, Paulo Guedes destacou que os investimentos do setor privado para o crescimento brasileiro já somam R$ 700 bilhões, levando em conta, inclusive o Leilão do 5G, realizado no dia 4 de novembro. “Nós tínhamos contabilizado R$ 544 bilhões de investimentos um pouco antes de eu ir para Dubai, aí fizemos o [Leilão] 5G. Com o 5G vieram mais R$ 50 bilhões, ou seja, chegamos a R$ 600 [bilhões] e mais um compromisso de mais R$ 100 [bilhões], ou seja, R$ 700 bilhões”, contabilizou.
Retomada da economia
Apesar da crise sanitária causada pela Covid-19, a economia cresceu cerca de 5,3% no período de um ano e meio. De acordo com nota informativa “Retomada do emprego formal e informal com a melhora da atividade”, divulgada nesta terça-feira (30/11), os dados do terceiro trimestre indicam aumento de 3,6 milhões de postos de trabalho.
“Nós já criamos mais de três milhões de empregos em um ano e meio. Então, o Brasil está crescendo a 5,3 [%], criou 3,5 milhões de empregos, o setor serviço está voltando agora. Voltando o setor serviço, voltando o setor turismo. O Brasil está condenado a crescer”, ressaltou o ministro da Economia.
Geração de empregos
O Encontro Nacional da Indústria da Construção contou também com os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência, que debateram o tema: “Como reduzir desigualdades e gerar empregos”.
Durante o painel, o Ministro do Desenvolvimento Regional falou sobre a retomada do emprego no Brasil impulsionada pelo setor de serviço, bem como pela construção civil. “Cada real empregado na construção civil tem um retorno extraordinário principalmente na manutenção e geração de empregos”, afirmou.
Sobre o trabalho informal, o ministro do Trabalho e Previdência destacou a importância de trazer os brasileiros para o emprego formal. De acordo com o ministro, são cerca de 40 milhões de empregados informais no Brasil. “nós temos que ser capazes, esse é o desafio, nós estamos trabalhando nisso, tem que ser construída uma plataforma que permita a transição da informalidade para a formalidade”, destacou.
Sobre o desempenho do Brasil na criação de emprego no último ano, sobretudo com a crise gerada pelo coronavírus, o ministro se mostrou confiante. “O Brasil está gerando emprego numa crise comparável a um cataclisma mundial, nós estamos conseguindo sair com a nossa população bastante protegida, o país da América Latina que mais emprego criou e, se tudo correr bem, até dezembro nós vamos bater um recorde histórico de 20 anos da geração de emprego formal,” afirmou.