Diante de recentes habilitações concedidas pela China, o Brasil tem agora conforme reportagem de Gabriel Cavalheiro, do Canal Rural, 65 abatedouros de bovinos aptos a exportar carne bovina ao país asiático.
Segundo pesquisadores do Cepea, isso evidencia que a China quer mais carne brasileira e, para atender, as empresas vão precisar de mais animais. Motivados pelo potencial aumento da demanda e por preços diferenciados, pecuaristas também tendem a ampliar seus rebanhos direcionados a este mercado.
Em médio ou longo prazo, a produtividade e a qualidade do produto tendem a crescer; alguns recebem mais num primeiro momento, mas logo o que era diferenciado se torna o “padrão”, com deságios para quem não alcança os mesmos resultados.
No mercado, em algumas semanas, é possível que haja um aumento da procura por “boi China”, inclusive em regiões onde esta segmentação não era vista por falta de frigoríficos habilitados. Produtores respondem rápido a estímulo de preço, devendo iniciar e intensificar investimentos para obter animais para abate com idade de até 30 meses.
Há de se observar, contudo, que a demanda poderá estar concentrada nas mãos do grande comprador, a China, e essa condição gera um risco de dependência, ainda conforme pesquisadores do Cepea.