O pleito municipal de São Paulo trouxe à tona uma disputa acirrada que envolveu estratégias audaciosas e investimentos substanciais. Entre os destaques, Guilherme Boulos, candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), chamou a atenção pela significativa aplicação de recursos em sua campanha para a Prefeitura de São Paulo. Mesmo com um dos orçamentos mais robustos já vistos, Boulos quase não avançou para o segundo turno, classificando-se com 29,07% dos votos.
Aliado de peso do candidato, o presidente Lula da Silva (PT) se dispôs a apoiar Boulos junto ao Partido dos Trabalhadores (PT). Uma coligação englobando a Rede Sustentabilidade, PCdoB, PV e PDT também contribuiu para o fortalecimento de sua candidatura. Agora, ele se prepara para enfrentar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que obteve ligeira vantagem no primeiro turno com 29,48% dos votos.
Um dos fatores que mais chamou atenção na campanha de Boulos foi o emprego vultoso de recursos financeiros. De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral, seu investimento já alcançou a marca de R$ 39 milhões, configurando-se como a maior quantidade de fundos mobilizados na corrida eleitoral no Brasil em 2024.
O volume expressivo de recursos contrasta com suas campanhas anteriores, como em 2020, quando utilizou apenas R$ 10 milhões, ajustados pela inflação, para disputar a prefeitura. Essa escalada no uso de verbas demonstra a intensidade e a determinação com que Boulos e seus aliados se comprometeram nesta eleição.
Como Guilherme Boulos conseguiu financiamento para sua campanha?
A questão levantada por muitos analistas é como Boulos conseguiu angariar fundos tão consideráveis. A resposta reside na colaboração robusta entre PSOL e PT. Juntos, os partidos financiaram substancialmente a campanha, com o PSOL desembolsando R$ 35 milhões e o PT, R$ 30 milhões. Esse apoio financeiro não só facilitou a campanha, mas também solidificou a parceria política entre as legendas.
Outro ponto de destaque foi a performance de Boulos em bairros tradicionalmente associados à elite paulistana. No bairro da Bela Vista, ele conquistou 43,66% dos votos válidos. Outras regiões prósperas como Pinheiros, Perdizes e Morumbi também mostraram forte apoio ao candidato, com Boulos recebendo respectivamente 36,08%, 35,71% e 30,01% dos votos nessas áreas.
- Bela Vista: 43,66% dos votos válidos
- Pinheiros: 36,08% dos votos válidos
- Perdizes: 35,71% dos votos válidos
- Morumbi: 30,01% dos votos válidos
Com a proximidade do segundo turno, a disputa promete esquentar. Boulos deve manter sua estratégia de comunicação focalizada no envolvimento popular e no apoio de peso dos partidos aliados. Por outro lado, Ricardo Nunes, que herdou a administração da cidade após a morte de Bruno Covas, estará pronto para defender seu mandato enfatizando a continuidade de suas políticas e realizações.