Somente a área da Fiol onde o Exército estará possui 485 km de extensão, indo da cidade Caetité até Barreiras
O presidente Jair Bolsonaro deve participar na Bahia nesta próxima sexta-feira (11) de cerimônia em que entrega para o Exército a construção de um trecho da Fiol, a ferrovia de Integração Oeste-Leste – importante no transporte de grãos e minério.
Desde a década de 1990, um batalhão ferroviário não assume um projeto do tipo.
A meta é promover uma “revolução ferroviária”, dobrar a malha ferroviária no país, mas a realidade é que faltam recursos para isso.
O presidente da Valec, estatal responsável pelo planejamento das ferrovias, André Kuhn, encaminhou uma carta a parlamentares pedindo apoio. A destinação de mais emendas parlamentares, em tempos de vacas magras, está em jogo. O texto faz um apelo explícito “contribua para esta nova realidade. A Valec é o país ferroviário”, exclama. “É certo que o alcance dessa meta ambiciosa depende da União de esforços, entre os quais o parlamento brasileiro se mostra de importância crítica”, afirma a estatal no documento.
Somente a área da Fiol onde o Exército estará possui 485 km de extensão, indo da cidade Caetité até Barreiras, municípios baianos. As tropas vão cuidar inicialmente de 20km disso. O investimento previsto, para todo trecho, é de R$ 3 bilhões mas para a conclusão faltam R$ 1,7 bilhão. Até o momento, apenas 39% do trecho estão executados. A empresa que tocava a obra antes entrou em recuperação fiscal. A meta é concluir esse trecho até o fim de 2022.
No texto aos parlamentares, o governo cita a redução de congestionamentos, criação de 19 mil empregos e a redução na emissão de gases do efeito estufa como vantagens para investir na construção de todas as etapas da Fiol, que possui mais de 1.400 km.