O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o coro de “imbrochável” puxado por ele durante discurso nas comemorações pelo bicentenário da Independência do Brasil, na quarta-feira (7) em Brasília.
O chefe disse de acordo com o Estadão, que a alcunha é uma alusão ao fato de resistir a supostos ataques diários contra seu governo. “Eu sou ‘imbrochável’ porque eu resisto, porque eu não vou dar para trás. Porque nós reagimos como estamos fazendo. Vou reagir a tudo isso”, afirmou durante transmissão nas redes sociais nesta noite.
A autodeclaração sobre a virilidade se tornou um dos pontos mais comentados do dia, sendo alvo de piadas nas redes sociais. O presidente também foi criticado por uma atitude machista depois de comparar a primeira-dama Michelle Bolsonaro com Janja, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao falar sobre o episódio, Bolsonaro negou ter sido misógino.
Na live, Bolsonaro negou ter atacado o Judiciário brasileiro durante discursos no 7 de Setembro. “O que é que eu ameacei, meu Deus do céu? Qual foi a ameaça? Eu falei o nome de algum ministro do Supremo? Eu falei em Tribunal Superior Eleitoral?”, questionou durante transmissão nas redes sociais nesta noite, ao citar matéria de um jornal.
Bolsonaro rebateu críticas de que teria capturado a data cívica para fazer campanha eleitoral, com uso de recursos públicos. “Não gastei um centavo, paguei todas as despesas. Houve uma separação clara entre o ato cívico-militar e o ato lá de fora”, defendeu.
“Eu convidei todas as autoridades de Brasília. Por exemplo, o Supremo Tribunal Federal eu convidei todos os 11 ministros. Convidamos chefes de outros Poderes. Não estava proibido ninguém de ir nesse evento”, disse também, para demonstrar que não teria usado o ato de forma eleitoreira.
Partidos de oposição acusam o presidente de ter cometido crime eleitoral ao usar a máquina para transformar as festividades do Sete de Setembro em comício. Como mostrou o Broadcast Político, o PT deve acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Bolsonaro por abuso de poder político e econômico. Já o PDT pediu hoje a inelegibilidade do candidato à reeleição pelo mesmo crime.