O presidente Jair Bolsonaro prestou nesta quinta-feira (16) seus sentimentos a parentes do jornalista britânico Dom Phillips e pelo indigenista brasileiro Bruno Pereira, mortos enquanto faziam reportagem na floresta amazônica, mais de 12 horas após a confirmação das mortes.
O desaparecimento e a posterior confirmação da morte dos dois na noite da quarta-feira causaram fortes reações de entidades e autoridades, inclusive internacionais. O presidente, no entanto, vinha sugerindo que eles não deveriam estar na região, isolada e conhecida por atrair traficantes, garimpeiros e madeireiros, além de caçadores e pescadores que atuam ilegalmente na área.
“Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!”, declarou Bolsonaro, sem citar os nomes de Dom e Bruno, em seu perfil do Twitter.
A manifestação do presidente ocorreu em resposta a um tuíte publicado há duas horas no perfil oficial da Fundação Nacional do Índio (Funai) com uma nota de pesar.
Pouco depois, foi a vez do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que abarca a Funai sob sua estrutura, se pronunciar sobre as mortes.
A pasta disse por meio de nota que “manifesta pesar pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde domingo (5), na região do Vale do Javari, no Amazonas”, enaltecendo o trabalho realizado pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas, “que rapidamente elucidaram o caso”.
A polícia encontrou restos humanos em sua busca pelo jornalista britânico Dom Phillips e pelo indigenista brasileiro Bruno Pereira após que um suspeito confessar tê-los matado na floresta amazônica, informou investigadores na quarta-feira.
Phillips, um repórter freelancer que já escreveu para os jornais The Guardian e Washington Post, fazia pesquisa para um livro em uma viagem com Pereira, ex-coordenador da Funai responsável por povos indígenas isoladas e recém-contactados.