Embora a situação vivida pela população manauara seja dramática, nada incomodou mais Jair Bolsonaro nesta última sexta-feira (15) do que a possibilidade de atraso da chegada das vacinas provenientes da Índia.
Segundo a revista Veja, autoridades do governo indiano informaram à imprensa local que o Brasil “queimou a largada” ao querem enviar um jato ontem para buscar 2 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca. O imbróglio põe em risco a data de início da vacinação, segundo o Ministério da Saúde assegurou a prefeitos, prevista para a quarta-feira.
Pela manhã, Bolsonaro reclamou muito da situação com aliados próximos. Ele considerou o episódio uma flagrante falta de coordenação do Ministério da Saúde.
Nada, entretanto, que ameace a permanência de Eduardo Pazuello, de acordo com um ministro que presenciou a queixaria presidencial. “Ele só demite Pazuello se Pazuello der um tiro nele”, exagerou o ministro.
A mesma fonte relata que, sobre a situação de Manaus, a chance de intervenção federal é zero. A medida empurraria a crise ainda mais para dentro do Palácio do Planalto.
“Nós erramos, mas não fomos só nós. E o governador? E o seu Arthur Virgílio, prefeito da capital até 31 de dezembro”, pondera o ministro.