O presidente Jair Bolsonaro ressaltou neste sábado (17) a liberdade como o “bem maior de uma nação” e voltou a dizer, sem provas, que o Brasil estava a caminho de perder sua liberdade, em referência indireta a governos anteriores.
“Vocês [cadetes] têm tudo para, amanhã, serem chefes dessa nação, assim como hoje eu sou. […] Há quatro anos, na região da ponte do rio Alambari, fiz um compromisso comigo mesmo perante jovens que se formavam naquele final dos idos 2014. Tínhamos que mudar o destino do Brasil, estávamos indo para perder nossa liberdade”, falou.
Bolsonaro participou hoje pela manhã de solenidade de entrega de espadins a mais de 400 cadetes, entre homens e mulheres, na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em Resende, no Rio de Janeiro. Ele estava acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e de ministros militares, como Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Braga Netto (Casa Civil) e Fernando Azevedo (Defesa).
No discurso, o presidente criticou indiretamente a Venezuela ao dizer as Forças Armadas de um “país mais ao norte” do Brasil optaram por “outro caminho” e, assim, a população perdeu sua liberdade. O país vizinho tem como governante o ditador Nicolás Maduro desde 2013, sucessor de Hugo Chávez, e sofre com graves problemas socioeconômicos.
Bolsonaro ainda disse que, “mais ao sul” do Brasil, “outro país parece querer se enveredar pelo mesmo caminho”. Nos últimos meses, o presidente tem feito críticas ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, eleito no final do ano passado e de espectro político mais à esquerda do que Mauricio Macri – quem Bolsonaro defendia que fosse reeleito.