Presidente falou sobre Lula, Eduardo Cunha, demissão de Santos Cruz e mais
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), criticou a atitude de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, após a divulgação de conversas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, levaram a julgamento um habeas corpus preventivo que poderá dar margem a questionamentos de todas as condenações avalizadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), inclusive a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em outra frente, a Corte pode ainda reavaliar a possibilidade de prisão após julgamento em 2ª instância, decisão que beneficiaria diretamente o ex-presidente, entre outros políticos presos, como Eduardo Cunha. “Seria péssimo exemplo tirar todos da cadeia”, disse Bolsonaro em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
O presidente não poupou Lula de críticas, chamando o ex-presidente, inclusive, de “canalha” e reclamou das autorizações para as entrevistas. “Até onde eu saiba, presidiário só presta depoimento, não dá entrevista”, disse Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro recebeu, na manhã desta sexta-feira (14), jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Palácio do Planalto como setoristas. Diversos meios de comunicação foram convidados.
Demissão
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou ainda, no café da manhã, a demissão do atual presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha. Segundo o presidente, o cargo de Cunha chegou a ser oferecido ao general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido da Secretaria-Geral da Presidência da República, na quinta-feira (14).
Bolsonaro evitou falar sobre os motivos da demissão de Santos Cruz. Ele recorreu à metáfora do do casamento para falar sobre o ex-ministro. “Foi uma separação amigável. Ele continua no meu coração”, disse o presidente em café da manhã, com jornalistas.
O presidente informou que ofereceu outros cargos dentro do governo ao general, inclusive o de presidente dos Correios, mas Santos Cruz não demonstrou vontade de permanecer.