O presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende implementar uma política de crédito para pessoas que ganham até dois salários mínimos e anistia a devedores do Fies de até R$ 10 mil. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima e da analista de política da CNN Renata Agostini, que conversaram com aliados próximos de Bolsonaro que avaliam as melhores estratégias para a campanha do presidente.
A política de crédito seria viabilizada principalmente pela Caixa Econômica Federal, e ampliaria para todos os bancos públicos a oferta de crédito para pessoas das classes mais vulneráveis, inclusive bancos regionais.
O presidente também está implementando o “Vale Gás” e ampliando a faixa atendida pela tarifa social de energia. Todas essas medidas ajudariam a injetar dinheiro no mercado consumidor.
Além disso, está nos planos do presidente conceder anistia a pessoas que estão devendo para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa que libera empréstimos para estudantes de faculdades particulares pagarem pelo curso.
Segundo a analista de política da CNN Renata Agostini, o perdão se estenderia às dívidas de até R$ 10 mil à União por conta do Fies e entraria em vigor ainda este ano, no mais tardar no início do ano que vem.
Os ministros da Educação, Milton Ribeiro, e da Economia, Paulo Guedes, já estariam tentando viabilizar a medida provisória há cerca de quatro meses. Mesmo que a anistia não cubra o valor total do empréstimo, o governo ainda daria a possibilidade de parcelamento do resto. Cerca de 1 milhão de estudantes no Brasil estão com parcelas atrasadas no pagamento do Fies.
O ministro Paulo Guedes já falou sobre essa possibilidade, e disse que não considera um incentivo à inadimplência, já que os devedores atrasados há mais de dois anos raramente conseguem pagar suas dívidas.
O governo estaria estudando, também, a possibilidade de estender esse benefício aos estudantes que usaram o Fies e estão em dia com o pagamento das parcelas.