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Presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/TV Globo
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terça-feira 23 de agosto de 2022 às 16:54h

Bolsonaro no Jornal Nacional: as reações da web a oito temas abordados pelo presidente durante a entrevista

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Das afirmações falsas sobre as urnas eletrônicas à defesa da gestão econômica adotada pelo governo federal, internautas se dividiram sobre o desempenho do candidato no telejornal.

Como era de se esperar, a entrevista de Jair Bolsonaro (PL) para o Jornal Nacional gerou reações divididas na internet, com simpatizantes do presidente elogiosos, enquanto os críticos aproveitaram para apontar mentiras e informações falsas repetidas pelo candidato à reeleição.

Em ambos os casos, as redes sociais foram a principal plataforma utilizada para reverberar as análises sobre o desempenho de Bolsonaro no encontro que abriu a série de entrevistas dos presidenciáveis para o telejornal, que continua nesta terça-feira, com Ciro Gomes (PDT).

Urnas

A primeira pergunta da entrevista foi sobre os constantes ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas. O presidente repetiu afirmações infundadas sobre a segurança do processo eleitoral e voltou a citar, fora de contexto e de modo errôneo, dados de um inquérito da Polícia Federal cujas informações ele é investigado por ter vazado. A fala foi criticada por muitas vozes nas redes sociais.
Também houve internautas que fizeram coro com as acusações infundadas de Bolsonaro acerca das urnas, sobre as quais não existe, até hoje, nenhuma comprovação de fraude.

STF

Em meio à resposta sobre as urnas, Bolsonaro também negou que já tenha xingado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente chegou a afirmar que atacou apenas um ministro, “no singular”, referindo-se a Alexandre de Moraes. Internautas ironizaram o comentário e lembraram que ele já ofendeu, sim, outros magistrados do STF.

Pandemia

Outro tema abordado na entrevista foi a pandemia da Covid-19. Ao ser confrontado sobre a atuação do governo federal em meio à emergência sanitária — entre outros pontos, a CPI da Covid revelou a demora na compra de vacinas —, o presidente negou que tenha errado e disse que usou uma “figura de linguagem” ao ironizar a possibilidade de que os imunizantes gerassem efeitos colaterais. O assunto também foi repercutido nas redes.

Meio-ambiente

Bolsonaro afirmou que há abuso por parte do Ibama em parte das fiscalizações realizadas pelo órgão na Amazônia e repetiu o discurso que responsabiliza comunidades ribeirinhas por parte das queimadas na região, mas reconheceu que vai “tentar mudar” a imagem do Brasil no exterior a respeito da proteção ao meio-ambiente em um eventual segundo mandato. Mais uma vez, a fala gerou revolta em grande parte dos internautas.

Corrupção

Bolsonaro também foi questionado sobre casos de corrupção envolvendo o governo federal, como o escândalo relacionado a repasses de verba do Ministério da Educação intermediados por pastores. O episódio culminou na demissão do ex-titular da pasta, Milton Ribeiro. O assunto também pautou as redes, com críticas e também defesas do governo.

Centrão

Bolsonaro também foi questionado sobre o chamado “centrão”, grupo de partidos políticos que vem dando sustentação para o governo federal no Congresso e com o qual ele prometeu não se aliar nas eleições de 2018.

Economia

Bolsonaro foi questionado também sobre o que faria, caso reeleito, para cumprir promessas feitas em 2018, no âmbito econômico, como a redução dos índices da inflação, da taxa de juros e da cotação do dólar. O presidente citou como justificativa para a frustração em alguns pontos a guerra na Ucrânia e a pandemia da Covid-19 , mas afirmou que “os números da economia são fantásticos”.

Críticos de Bolsonaro lembraram sobretudo o número de brasileiros em situação de miséria e passando fome. Já os defensores do presidente lembraram pontos como o Auxílio Brasil de R$ 600 e a criação do Pix, citada por ele na entrevista.

Desempenho geral

O balanço do desempenho do presidente na entrevista também foi marcado por uma cisão clara entre apoiadores de  Bolsonaro e críticos do governo.

Nesta seara, quem ajudou a dar o tom da divergência foram ministros e parlamentares de oposição.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT) analisou assim a presença de Bolsonaro no telejornal:

O Brasil está atônito com o repertório de mentiras ditas por Bolsonaro hoje no Jornal Nacional. A entrevista do futuro detento de Bangu 8 não resiste a uma simples checagem no VAR. #BolsonaroMente”

Já Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, que estava com Bolsonaro no estúdio, teve visão bem diferente:

“Hoje o Brasil pode ouvir Bolsonaro falar e não o que falaram de Bolsonaro. E a diferença é a distância entre os preconceitos inventados contra ele e tudo que seu governo fez pelo país, seu sentimento de dever como presidente.”

A participação de Jair Bolsonaro no telejornal é a primeira de uma série de entrevistas que o Jornal Nacional realizará ao longo da semana, a exemplo do que já fez em eleições anteriores. Foram convidados os quatro candidatos à Presidência mais bem colocados na pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Datafolha em 28 de julho.

A ordem das sabatinas foi definida por sorteio: nesta terça-feira, estará no estúdio Ciro Gomes (PDT); na quinta, é a vez de Luiz Inácio Lula da Silva (PT); por fim, Simone Tebet (MDB) participará do “JN” na sexta. Todas as entrevistas terão 40 minutos. Além dos quatro presidenciáveis, era prevista ainda a presença de André Janones (Avante), antes que ele retirasse seu nome da corrida, no último dia 4 de agosto.

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