Bolsonaro tem direito a fazer duas nomeações ao STF durante seu mandato. Interlocutores do Palácio relataram à coluna que, nas últimas semanas, ele tem falado abertamente que Oliveira ocupará a cadeira, pois precisa de “alguém de sua extrema confiança” na corte.
Quando Oliveira leva documentos para o presidente, Bolsonaro costuma perguntar: “Posso assinar sem ler?”. Quase sempre Oliveira sinaliza que sim e o presidente assim o faz. Os dois se conhecem há mais de 20 anos. O pai de Jorge Oliveira, morto em 2018, foi chefe de gabinete de Bolsonaro por quase duas décadas.
Em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse a apoiadores que “o grande problema” do momento são as manifestações como as de domingo (7), em que aconteceram atos contra o governo ao menos 20 cidades. Ele comentou que fará a nomeação em novembro e que “vai arrumar as coisas devagar aqui”. A vaga é a do ministro Celso de Mello, que vai se aposentar.
Bolsonaro tem tido diversos atritos com a corte, como a suspensão do seu indicado para o comando da PF pelo ministro Alexandre de Moraes, o inquérito das fake news, que corre no tribunal e mira seus aliados, e a investigação em que é alvo após denuncias de Sergio Moro.