O presidente Jair Bolsonaro afirmou na reunião ministerial na manhã desta terça-feira (9), que espera reabertura rápida dos comércios após informações da OMS de que pacientes assintomáticos tem poucas chances de transmitir a doença.
“A OMS nas últimas semanas tem tido algumas posições antagônicas. A penúltima sobre a hidroxicloroquina. Foi determinada a suspensão de pesquisa e depois voltou atrás. As pesquisa continuam no Brasil e não temos a comprovação científica ainda, mas relatos de pessoas infectadas e de médicos e grande parte tem sido favorável ao uso da da hidroxicloroquina com azitromicina”, afirmou o chefe do Executivo.
O presidente completou: “No dia de ontem (segunda-feira), mais um dado da OMS que a grande mídia ainda não divulgou. Tenho certeza que a mídia vai dar um grande destaque no dia de hoje a esta matéria, tenho certeza absoluta. Levando-se em conta a isenção e o compromisso da imprensa brasileira com a verdade acima de tudo porque foi noticiado ontem, também de forma não comprovada ainda, como nada é comprovado na questão do coronavírus, mas que a transmissão por parte de assintomáticos é praticamente zero, então isso vai dar muito debate e muitas lições serão tomadas”, apontou.
Segundo Bolsonaro, o estudo pode sinalizar a volta das atividades comerciais de forma mais rápida. “Com toda certeza isso pode sinalizar a uma abertura mais rápida do comércio e a extinção daquelas medidas restritivas adotadas segundo decisão do STF, adotadas por governadores e prefeitos. O governo federal não tem qualquer ingerência nessas medidas restritivas, como por exemplo, o fechamento de comércio, proibição de frequentar espaços públicos, entre outros”, defendeu.
O que disse a OMS sobre assintomáticos
Nesta última segunda-feira (8), a infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou que a propagação de covid-19 a partir de pacientes assintomáticos é “muito rara.”
Segundo a médica, os dados levantados até agora mostram que pessoas que não apresentam os sintomas da doença possuem pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis. De acordo com a especialista, deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas.