A reunião de segunda-feira (6) no Palácio do Planalto, em que o governo decidiu mandar ao Congresso uma PEC com medidas para baixar o preço dos combustíveis e do gás de cozinha, foi uma derrota, segundo Lauro Jardim, do O Globo, ao ministro Paulo Guedes. Por meses, ele foi refratário à essa solução. Guedes não vai admitir o revés, até porque sabe que tudo poderia ser pior.
No início da reunião, conforme publicação, um integrante da ala política sugeriu uma proposta mais radical para as desonerações. Além de zerar os tributos da gasolina, diesel, etanol e GLP, queria que a energia elétrica fosse incluída no pacote pré-eleitoral.
Assim, a conta a ser paga pelo Tesouro nos seis meses de vigência previstos para a existência da PEC ganharia um acréscimo de R$ 30 bilhões. Fora os R$ 50 bilhões estimados pelo Ministério da Economia pelo benefício dado ao diesel, gasolina, etanol e GLP.
Talvez a proposta feita tenha sido apenas um bode na sala, astuciosamente colocado ali pela ala política.
O fato é que, felizmente para Guedes, Jair Bolsonaro não deu corda à sugestão. E, dessa maneira, a derrota do ministro foi menos dolorosa do que poderia ser.