O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste último sábado (5) que sente que sua missão no Brasil não terminou, durante uma convenção conservadora realizada perto da capital americana, na qual foi aclamado pelo público.
“Neste momento, agradeço a Deus pela minha segunda vida, e também pela missão de ser presidente da república por um mandato. Mas sinto, lá no fundo, que essa missão ainda não acabou”, declarou, diante de uma plateia que o interrompeu várias vezes com aplausos. A “segunda vida” de Bolsonaro começou após a facada que ele levou em 2018.
Apelidado de “Trump dos trópicos”, devido a suas semelhanças com o ex-presidente republicano, que também irá discursar na convenção, Bolsonaro voltou a questionar o resultado das eleições presidenciais de 2022, vencidas por Lula por uma margem apertada.
“Tive muito mais apoio em 2022 do que em 2018. Não sei por que os números mostrararam o contrário”, comentou Bolsonaro, 67, que anunciou sua intenção de retornar “nas próximas semanas” ao país, onde autoridades investigam se ele promoveu os ataques de 8 de janeiro em Brasília.
Em um discurso salpicado de referências a Deus e à Bíblia, Bolsonaro reiterou que acredita ter feito “um bom trabalho”, e que sempre defendeu a liberdade, mesmo durante a pandemia: “Não obriguei ninguém a tomar vacina no Brasil.”
Como conservador, o ex-presidente disse que se opõe “à ideologia de gênero” e que, em seu país, a propriedade privada “está ameaçada”. Ele criticou o governo Lula por revogar seus decretos.
No âmbito internacional, Bolsonaro afirmou na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) que, se estivesse no comando do país, não haveria navios iranianos ancorados no Brasil.
O ex-presidente também se orgulhou de ter sido “o último presidente a reconhecer as eleições de dois anos atrás aqui nos Estados Unidos”, em que Joe Biden derrotou Donald Trump. “Continuo fiel aos nosso princípios, ao nosso lema: ‘Deus, pátria família e liberdade’.”