quinta-feira 21 de novembro de 2024
Foto: Reprodução/Jornal de Brasília
Home / NOTÍCIAS / Bolsonaro desiste de parada militar de 7 de Setembro em Copacabana, diz coluna
quarta-feira 10 de agosto de 2022 às 12:20h

Bolsonaro desiste de parada militar de 7 de Setembro em Copacabana, diz coluna

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Depois de anunciar que realizaria uma parada militar na praia de Copacabana no 7 de Setembro, com tropas das Forças Armadas e agentes da Polícia Militar, Jair Bolsonaro (PL) recuou segundo a coluna de Malu Gaspar, do O Globo, da ideia e aceitou que o tradicional desfile do feriado da Independência seja feito no local de sempre: a Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio.

Conforme revelou a coluna, a cúpula das Forças Armadas e o núcleo político da campanha do presidente à reeleição estavam tentando demovê-lo da ideia desde a semana passada.

Em lugar do desfile militar, Bolsonaro aceitou promover um ato político “patriótico”, ao estilo das manifestações bolsonaristas, com gente vestida de verde e amarelo nas ruas e ataques ao STF e às urnas eletrônicas.

Desde o final da semana passada, após o café da manhã que teve no QG do Exército com integrantes do Alto Comando em que foi aconselhado a desistir da parada militar em Copacabana, Bolsonaro parou de insistir no assunto internamente.

Apesar de ter mencionado as críticas à sua intenção de levar um desfile militar para Copacabana, na entrevista que deu no início da semana ao Flow Podcast, aos auxiliares Bolsonaro só diz que o 7 de setembro será grande em Brasília e em São Paulo, e nem sequer menciona mais o Rio de Janeiro.

Na reunião com Bolsonaro, realizada na última quinta-feira (4), os militares apontaram que a mudança de roteiro traria ao menos dois problemas – o risco para a integridade física do presidente, que levaria à necessidade de montar um aparato de segurança complexo, e a perigosa mistura de um desfile militar com um ato de viés político partidário eleitoral, a dois meses do pleito presidencial.

Cartão postal do Rio, Copacabana é um palco tradicional palco de manifestações a favor de Bolsonaro e das investigações da Lava Jato.

O anúncio de Bolsonaro de que promoveria um desfile militar nesta data, em meio a chamados de tom golpista, num clima de conflito aberto com o TSE e de ataques à segurança das urnas, preocupou a coordenação de campanha.

Pesquisas internas contratadas para orientar a estratégia de marketing mostram que o eleitor médio não gosta desse tipo de radicalização e não compra o discurso de fraude, que faz parecer que Bolsonaro já sabe que será derrotado antes mesmo da votação.

Segundo aliados de Bolsonaro ouvidos reservadamente pela equipe da coluna, o “conjunto da obra” convenceu o chefe do Executivo a abandonar os planos.

O processo de convencimento foi articulado não apenas pela cúpula das Forças Armadas e o núcleo político da campanha, mas também por assessores, militares do Planalto e a manifestação do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que rechaçou a transferência do local – o que inviabilizou, na prática, a transferência do desfile para Copacabana.

De acordo com um integrante da campanha, “não ia ficar bem na foto” ter tanques desfilando nas ruas de Copacabana.

Veja também

Bancos digitais lideram ganhos de lucratividade no 1º semestre, mostra relatório do Banco Central

A lucratividade dos bancos brasileiros melhorou no primeiro semestre deste ano, liderada pelos bancos digitais, …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!