Conforme o jornal O Globo, deve ser assinada no próximo mês, em dezembro, a venda da refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Petrobras em São Francisco do Conde/Candeias na Bahia. A refinaria será venida para o Mubadala, o fundo soberano bilionário de Abu Dhabi, conforme o #Acesse Política havia informado em setembro. O valor da venda ficou em quase US$ 2 bilhões, ou pouco mais de R$ 11 bilhões.
Em outubro de 2019, o governo federal anunciou que o fundo soberano da Arábia Saudita iria investir até US$ 10 bilhões em projetos no Brasil, cerca de R$ 55 bilhões.
Na época o anúncio foi feito pelos então ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) em Riade, capital do país árabe. Em paralelo a visita do presidente aos Emirados, Roberto Ardenghy, diretor de Relacionamento Institucional da Petrobras, participou de um seminário, em Abu Dhabi, onde informou a busca da estatal por compradores para suas refinarias no Golfo.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia se comprometido a trabalhar em conjunto com o fundo na facilitação da iniciativas, incluindo informações sobre legislação. Bolsonaro ficou muito amigo do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. O principie estaria agendando uma visita ao Brasil para 2021.
As reformas promovidas pelo governo, como a da Previdência, e medidas de desburocratização foram importantes para atrair o fundo soberano.
Fundo bilionário dos Emirados elevará investimentos no Brasil. “Estamos assistindo a uma transição para um ambiente incrivelmente amigável para investidores”, disse empresário árabe. Waleed Al Muhairi, vice-presidente do grupo Mubadala, pretende elevar investimentos no Brasil. pic.twitter.com/q8dBKwLLNi
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 29, 2019
Segundo o governo federal, o Brasil é o sexto país a receber aportes do fundo soberano saudita. Os outros são Estados Unidos, Japão, África do Sul, Rússia e França. Os ministros fizeram questão de ressaltar que o valor é o mesmo investido na Rússia e o dobro do da França.
Brasil e Arábia Saudita também negociam a facilitação de entrada de turistas dos dois países em seus territórios. A intenção é que as permissões tenham validade de até cinco anos, taxas de pagamentos sejam reduzidas e mais modalidades de entrada sejam liberadas.