O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou na manhã desta quinta-feira (17) que não trata sobre a crise que assola o PSL em público e chamou a gravação de áudios atribuídos a ele divulgados na noite de noite de quarta (16) de “desonestidade”. As informações são do portal UOL.
“Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou o telefone, primeiro, é uma desonestidade”, declarou, ao sair do Palácio da Alvorada por volta das 8h30.
Nas conversas, o presidente articula a derrubada do líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), da função para substitui-lo pelo filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A ala pró-Bolsonaro no partido alega que o atual presidente nacional da sigla, deputado federal Luciano Bivar (PE), não está cumprindo com a transparência devida nas contas partidárias.
Questionado se vai pedir uma investigação sobre a gravação de fala atribuída a ele, Bolsonaro não respondeu e entrou no carro.
Publicamente, antes dos áudios, quando indagado sobre a crise no PSL, o presidente dizia não interferir em assuntos partidários.
A relação de Bolsonaro com Bivar desmoronou em 8 de outubro quando, sem saber que estava sendo transmitido ao vivo, Bolsonaro disse para um apoiador “esquecer o PSL” e afirmou que o pernambucano está “queimado pra caramba”.
Desde então, o PSL se vê em crise com alfinetadas de parte a parte e barracos nas redes sociais. Como pano de fundo, ambições políticas, disputa pelo controle do dinheiro do fundo partidário e a influência dos filhos do presidente.