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sexta-feira 23 de outubro de 2020 às 07:42h

Bolsonaro chama Doria de ‘aprendiz de ditador’

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retomou o assunto das vacinas contra o coronavírus em sua transmissão semanal nas redes sociais nesta última quinta-feira (22), dizendo que ela não será obrigatória e entrando em confronto com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a quem se referiu como “aprendiz de ditadores”, entre outras ofensas.

O conflito entre os dois começou depois que Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e cancelou o acordo entre a pasta e o Instituto Butantan para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. A vacina será produzida pelo Butantan, ligado ao governo de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Sem fazer críticas diretas à Coronavac como nos dias anteriores, Bolsonaro lembrou que o medicamento ainda não está autorizado pelo Ministério da Saúde e criticou a postura de Doria, que afirmou dias atrás que a vacina será obrigatória em São Paulo.

“Aquele governador… tem um vídeo dele dizendo que vai vender São Paulo todo para a China. E de repente diz que vai comprar e ser obrigatório. Ou seja: para justificar a despesa, vai aplicar. É isso? Não funciona assim. Enquanto eu for presidente da República, não vai ser dessa forma. Ninguém vai obrigar ninguém a tomar vacina.”

“O que essa pandemia serviu para revelar foram os aprendizes de ditadores. Figuras nanicas, hipócritas, boçais, achando que manda no estado dele. Vai tomar vacina? Vai tomar você, pô. Vacina ou o que você bem entender. Coca-Cola, Tubaína”, provocou o presidente.

“E o povo não vai admitir isso aí. Eu duvido que a Justiça ou a esfera que seja vai obrigar alguém a tomar vacina um dia. Isso não existe. O brasileiro tem liberdade e ponto final”, declarou.

Bolsonaro abordou o assunto ao citar uma notícia de que a vice-diretora da OMS (Organização Mundial de Saúde), Mariângela Simão, afirmou que a entidade não recomenda que a vacina contra covid-19 seja imposta pelo estado.

“No que depender de mim, não será obrigatória”, disse Bolsonaro, acrescentando que uma eventual vacina teria que ser aprovada pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em seguida, o presidente afirmou que “não manda” na Anvisa, ressaltando que a agência federal é independente.

Na sequência, Bolsonaro citou uma possível ação de Doria e outros governadores no Supremo Tribunal Federal para que a Corte decida que os próprios estados possam determinar a obrigatoriedade ou não da vacina.

Segundo ele, se o STF decidir a favor dos estados nessa eventual ação, a população poderá acionar a Justiça. “Vamos supor que seja obrigatório. O cidadão toma e venha a falecer logo depois, por conta do vírus ou de outra doença. Seus familiares vão entrar na Justiça. Dá para imaginar obrigar alguém a tomar uma vacina?”, questionou.

“Queriam que comprassem 100 milhões de dólares da vacina da China e ela não está pronta ainda. Não foi reconhecida pelo Ministério da Saúde, não foi certificada pela Anvisa, e queriam que eu comprasse”, reclamou.

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