O deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB) não poupou críticas ao que considerou “falta de compromisso com a nação”, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetar ao menos quatro pontos de lei que obriga a população a usar máscaras e as empresas fornecerem para seus funcionários o equipamento. Nesta segunda-feira (6), o parlamentar defendeu a importância do uso da máscara para evitar a proliferação da covid-19. “Cientistas, estudiosos, médicos e infectologistas, todos defendem o uso de máscaras para diminuir o contágio. Mas o presidente insiste em assumir o risco e se torna responsável por mortes neste país. Se não pararmos com isso imediatamente, estamos correndo o risco de virar uma nação doente, e sucumbir financeiramente. Bolsonaro brinca com vidas”, dispara Marcelinho.
O Brasil se aproxima de 70 mil mortos por causa do novo coronavírus e de dois milhões de infectados. “Esses números são em três meses. Não podemos considerar isso normal. Estamos perdendo vidas, as famílias estão destroçadas, mudamos até o modo de nos despedirmos dos entes queridos, sem funeral, sem enterro. É desumano o que o governo federal está fazendo. Estamos sem ministros da Saúde e da Educação. O país está entregue ao capital estrangeiro, Bolsonaro se reuniu com norte-americanos para entregar nossas riquezas e celebrar a independência dos Estados Unidos. Isso é provocativo por demais. O país merece respeito, esse governo não pode entregar as pessoas à própria sorte”, descreve o parlamentar.
Ao detalhar os vetos de Bolsonaro sobre o uso de máscaras, Marcelinho Veiga disse que o que mais intrigou foi vetar o uso em locais fechados onde há reunião de pessoas como estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos e locais de ensino. Além disso, o presidente retira a obrigatoriedade do uso do equipamento em presídios e nos estabelecimentos de cumprimento de medidas socioeducativas. “Também vetou que as empresas forneçam o equipamento aos funcionários e colaboradores. E ainda vetou a exigência de que órgãos, entidades e estabelecimentos deveriam ‘afixar cartazes informativos sobre a forma de uso correto de máscaras e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro do estabelecimento’”, completa Marcelinho.