Antes de seguir para os Estados Unidos, onde discursou na sede da ONU, o presidente Jair Bolsonaro se irritou conforme a coluna Esplanada e chegou a bater na mesa em reuniões com ministros e auxiliares da articulação política.
Embora desdenhe de pesquisas, que mostram rejeição do Governo, Bolsonaro vê no novo Bolsa Família (Auxílio Brasil) a salvação para recuperar popularidade a pouco mais de um ano das eleições.
A bronca do presidente se deve ao fato de a Medida Provisória (1061/2021) que criou o novo programa estar parada na Câmara. E outras duas propostas (PEC dos Precatórios e Reforma do IR), das quais o Governo depende para bancar o auxílio, também se arrastam, sem previsão de aprovação.
O tom das últimas conversas de Bolsonaro com o presidente aliado da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também não foi nada amistosa, conforme publicação.
O Planalto quer anunciar o programa em novembro. A MP do Auxílio Brasil já recebeu mais de 400 emendas. A oposição sugere o aumento do benefício para R$ 600,00. O Governo projeta R$ 300 para as famílias.