Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá conforme registra Paulo Cappelli, do Metrópoles, ser alvo de “perseguição” caso Alexandre de Moraes determine sua prisão. O ex-presidente diz não ter incorrido em nenhuma prática criminosa.
Bolsonaro afirmará, caso alvejado, sofrer perseguição por conta de suas posições quando presidente. Ainda não está claro se o discurso ficaria no campo da retórica ou se seria usado para pedir asilo político.
Também nos EUA, Anderson Torres retornou ao Brasil e se entregou após ter a prisão decretada por Moraes.
A tese de “prisão política” já foi usada pelo principal adversário de Bolsonaro, em circunstâncias diferentes. Há não muito tempo, Lula se dizia perseguido pela Lava Jato. As condenações, no caso do atual presidente, acabaram anuladas pelo STF.
Outro ponto citado por aliados de Bolsonaro para contestar eventual prisão seria a “inconstitucionalidade” do inquérito dos atos antidemocráticos. A alegação é que o fato de o STF ter agido de ofício, em vez de provocado, deslegitimaria a investigação.
Como a coluna informou, seguranças que atuam para Bolsonaro nos EUA lhe recomendaram não voltar ao Brasil nos próximos dias.
Essa postura é contrária à esperada pela classe política, que pleiteia o retorno do ex-presidente ao Brasil para liderar a oposição a Lula.