Se os candidatos das eleições presidenciais de 2026 fossem os mesmos que concorreram no último pleito, em 2022, Jair Bolsonaro (PL) ficaria à frente do presidente Lula da Silva (PT) por três pontos percentuais, em cenário que levaria mais uma vez a disputa a um segundo turno. É o que mostra a pesquisa Latam Pulse/Atlas Intel, divulgada nesta sexta-feira (7) e que testou um cenário hipotético, já que neste momento Bolsonaro está inelegível. De acordo com o levantamento, o capitão da reserva marcaria 46% das intenções de voto, enquanto o chefe do Planalto teria 43%. A dupla, mais uma vez, teria larga vantagem sobre os concorrentes — Ciro Gomes e Simone Tebet —, que não passariam dos 5%.
Tal cenário foi o primeiro testado pela pesquisa, que também simulou outras possibilidades, com candidatos aptos a concorrer. Uma delas inclui boa parte dos nomes ventilados até aqui como possíveis candidatos em 2026. Nessa lista, estão, além de Lula, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador goiano Ronaldo Caiado (União), o mandatário mineiro Romeu Zema (Novo), o cantor Gusttavo Lima e o coach Pablo Marçal, além de Simone Tebet (MDB), Eduardo Leite (PSDB) e Marina Silva.
Com esses concorrentes, conforme a conjuntura atual, o presidente Lula ficaria em primeiro (41,6%) com vantagem de quase dez pontos percentuais para o segundo colocado, Tarcísio de Freitas (32,3%). Gusttavo Lima, Caiado e Zema ficariam logo atrás, empatados com 4,5%. Em outra simulação, que substitui o governador de São Paulo pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP), a vantagem do petista para o segundo colocado aumenta.
Neste novo cenário, Lula manteria o patamar de 41,5%, mas Eduardo Bolsonaro chegaria apenas aos 23,8%, com o restante dos votos divididos entre outros candidatos à direita, como Zema (10%) e Caiado (6,4%).
Já nas simulações feitas com possibilidades de segundo turno, Lula se mantém entre 47% e 48% das intenções de voto contra a maioria dos candidatos, e enfrentaria dificuldades para vencer Tarcísio de Freitas (49%, contra o petista) e Jair Bolsonaro (49%), caso este último pudesse concorrer.
A pesquisa ouviu 5.710 respostas, com metodologia de recrutamento digital aleatório e margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos. Os dados fora colhidos entre os dias 24 e 27 de fevereiro.