A ala de deputados federais aliados do presidente Jair Bolsonaro sonha em conquistar, de acordo com Igor Gadelha, no Metrópoles, a presidência de quatro comissões permanentes da Câmara dos Deputados.
Os colegiados desejados teriam até indicações acordadas internamente entre os seguidores de Bolsonaro no PSL, que conta atualmente como líder na Casa o deputado Major Vítor Hugo (PSL-GO).
A joia da coroa seria a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O indicado seria o próprio Vítor Hugo.
A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) ficaria com a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Coronel Tadeu (PSL-SP) surge como nome para a Comissão de Finanças e Tributação. Ainda desejam a Comissão de Relações Exteriores, com a presidência do deputado General Girão (PSL-RN).
Além disso, os deputados bolsonaristas desejam que Hélio Lopes (PSL-RJ) controle a Comissão Mista de Orçamento no próximo ano.
Parlamentares bolsonaristas entendem que a fusão da sigla com o DEM e a saída de parte deles para o PL não prejudicaria o acordo firmado para divisão das comissões. Eles alegam que há precedentes, especialmente por aportarem em uma legenda do mesmo bloco parlamentar.
A dificuldade para concretização do sonho seria a ordem de escolha das comissões. Na Câmara, os diversos colegiados são divididos de forma proporcional, de acordo com o tamanho das bancadas.
O PSL, como maior partido do bloco que elegeu o presidente Arthur Lira (PP-AL), ficaria com o direito da primeira escolha. Mas teria de aguardar a divisão entre outras siglas antes de apontar sua segunda, terceira e quarta opções.