Conforme lembrou a coluna Radar, da revista Veja, estamos quase na metade de julho e o presidente Jair Bolsonaro, que tentará a reeleição em 2022, ainda não tem um partido para lançá-lo na empreitada.
Com aliados desesperados diante da falta de organização do bolsonarismo para disputar vagas na Câmara, no Senado e nos Executivos e Legislativos estaduais, Bolsonaro tinha colocado março como prazo limite para sua nova filiação.
No universo paralelo do Planalto, ele sonhava que todos os partidos alinhados iriam brigar para recebê-lo. O que aconteceu foi o oposto. Nenhum partido sólido topou entregar seus rumos a Bolsonaro, como fez o nanico PSL em 2018.
O presidente flertou com PP de Ciro Nogueira, com o PL de Valdemar Costa Neto e com o PTB de Roberto Jefferson. Acabou quase fechando com o nanico Patriota, que transformou-se numa cilada política ao clã Bolsonaro, visto que Flávio se filiou, mas uma guerra interna impediu até agora a entrada do pai.
Sem partido, sem estrutura e sem articulação de palanques estaduais — isso sem falar na esmagadora rejeição do presidente –, o bolsonarismo deve penar para permanecer do mesmo tamanho depois de 2022.