Parlamentares aliados de Jair Bolsonaro já admitem segundo a coluna de Igor Gadelha, votar junto com o PT a favor de uma proposta que viabilize o Bolsa Família no valor de R$ 600 em 2023.
Como vem mostrando a coluna, uma das ideias da equipe de transição de Lula é abrir espaço no Orçamento para bancar o benefício por meio da aprovação de uma PEC.
Bolsonaristas argumentam que não teria como votar contra o benefício, uma vez que o próprio presidente prometeu na campanha mantê-lo em R$ 600, embora com nome de Auxílio Brasil.
“Nós ainda não discutimos isso de forma profunda, não estudamos a PEC, até porque ainda não tem o material. Agora, de acordo com o que o Lula prometia durante a campanha, nós já temos uma ideia do que pode vir nessa PEC. Por isso, já discutimos entre alguns deputados e chegamos a um consenso, inclusive, com o líder Altineu (Côrtes, líder do PL na Câmara), de que uma das proposta que fatalmente teremos que endossar é a questão dos R$ 600. Foi o presidente Bolsonaro que criou, existem pessoas que dependem disso”, afirmou à coluna o deputado Carlos Jordy (PL-RJ)
Já outros benefícios sociais que podem ser incluídos na PEC ainda não têm apoio garantido de bolsonaristas. Isso inclui até mesmo o aumento real no salário mínimo, também prometido por Bolsonaro na reta final da campanha.
Caciques do PL ponderam que precisarão ler o texto da proposta antes de definir posição sobre o voto da bancada. “Falei com 10 parlamentares do PT, ninguém soube me explicar a PEC”, disse uma liderança do PL à coluna.
Em entrevista nessa terça-feira (8), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, deixou em aberto o apoio à PEC, desde que seja “bom para o país “.