No lançamento do Instituto Conservador-Liberal, iniciativa do deputado federal Eduardo Bolsonaro, integrantes da base do governo destacaram conforme a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, sobre a necessidade de criar um partido com essas diretrizes e não citaram o Aliança pelo Brasil, sigla lançada há mais de um ano pela família Bolsonaro e que não saiu do papel.
O mas enfático sobre a necessidade de constituir uma legenda conservadora foi o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que é filiado ao DEM e não desponta como entusiasta do Aliança.
– Nós começamos e damos continuidade ao desafio de poder organizar uma direita que sabe o que quer, que sabe aonde quer chegar, mas que tem a humildade de saber que temos um longo caminho pela frente. Nem partido a gente tem, isso é um fato que nós vamos ter que pensar. – disse o ministro. No fim de seu discurso, Onyx arrematou: – Vamos também construir, muito em breve, um partido conservador, que possa ser o veículo de nossos sonhos, de todas nossas expectativas.
A fala foi seguida de aplausos de Eduardo, dos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), além de diversos parlamentares da base bolsonarista. O responsável por fechar o encontro foi o ideólogo de extrema direita Olavo de Carvalho, que enviou um vídeo para o evento. Em tempo: os presentes estavam sem máscaras.
Na mensagem, o guru bolsonarista disse que já fizeram muitas “artimanhas” para amarrar as mãos de Bolsonaro, mas afirmou que as de Eduardo Bolsonaro “ainda estão livres”.
Alguns parlamentares presentes no evento relataram à coluna que os planos de consolidar o Aliança perderam força e que hoje a principal estratégia é se apropriar de uma sigla pequena para abrigar os conservadores. Outros deputados, no entanto, avaliam que esse partido conservador pode ser o próprio Aliança, se este for viabilizado nos próximos meses. Disseram ainda que o nome da sigla não foi abordado porque o encontro focou a mobilização da sociedade civil.
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