Bolsonarismo domina cúpula da CPI do MST, que vai mirar quem banca movimentos

O deputado Ricardo Salles (PL-SP) disse ao blog da Andréia Sadi, no g1, nesta segunda-feira (1º) que o favorito para assumir a presidência do MST é o deputado tenente Zucco (Republicanos-RS).

Salles, como o blog revelou, confirmou que já tem apoio para relatar a CPI. Se o nome de ambos for confirmado nesta semana, como está previsto, aliados “raiz” de Bolsonaro estarão à frente da CPI que promete dar muita dor de cabeça para o governo Lula.

Salles disse, questionado pelo blog, que o principal foco da CPI será chamar líderes de todos os estados para que falem e, depois, a comissão vai mirar em quem banca.

“Vamos fazer o caminho do dinheiro, ver quem está bancando. E chamar autoridades, governadores”, disse ele ao blog.
O deputado, que é ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, afirmou que gostaria de, ao final da comissão, fazer uma discussão sobre regularização fundiária no Brasil. “Eu queria fazer essa discussão da regularização fundiária e falar de terra indígena, problemas fundiários, onde tem unidade de conservação, assentamento do Incra”.

O blog perguntou a Salles a respeito de sua defesa, em 2018, de um panfleto pedindo votos no qual associava armas de fogo e munições à “tolerância zero” com o MST. Salles disse ao blog que nunca defendeu receber ninguém à bala e que não se pode criminalizar o MST, “pois há muita gente dentro do movimento que faz coisas certas […], mas que, quando tiver abuso, tem que se defender usando armas”.

Salles conversou com o blog pelo telefone, pois estava em deslocamento para encontrar Bolsonaro e Tarcísio para um evento do agro no interior de São Paulo.

Salles confirmou ao blog também que é pré-candidato à prefeitura de 2024 em SP.