As bolsas da Europa avançam nesta quinta-feira, diante do aumento nas expectativas para relaxamento monetário no continente e nos EUA. Com o movimento, as bolsas de Londres e de Frankfurt renovaram maiores níveis históricos.
Por volta das 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,69%, a 523,66 pontos.
A extensão do rali europeu deve-se ao alívio proporcionado pela queda nos rendimentos de títulos soberanos locais e dos EUA, avalia o Swissquote. O banco suíço nota que os mercados passaram a precificar mais flexibilização monetária dos dois lados do Atlântico, embora dados recentes ainda indiquem persistência da inflação. Hoje, o Eurostat confirmou aceleração da inflação ao consumidor (CPI, em inglês) da zona do euro, à taxa anual de 2,4% em dezembro.
Contudo, os próprios dirigentes têm apontado a possibilidade de manter o relaxamento monetário em 2025. Ontem, a ata do Banco Central Europeu (BCE) revelou que um corte de 50 pontos-base chegou a ser discutido em dezembro por preocupações com a economia, apesar da escolha por ritmo gradual, e que uma nova redução é provável em janeiro.
Nesta quinta-feira, investidores europeus devem acompanhar novos comentários de dirigentes do BCE, conforme se preparam também para potenciais tarifas de Donald Trump, que assume a presidência dos EUA na próxima semana.
Analistas também notam que, em segundo plano, dados melhores que o esperado na China e notícias sobre cessar-fogo em Gaza contribuem para o apetite por risco.
Às 7h30 (de Brasília), o índice DAX tinha alta de 1,05% em Frankfurt, depois de renovar máxima histórica a 20.884,13 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subia 1,14%. Em Paris, o CAC 40 avançava 1,09%. Em Madri, o Ibex 35 tinha alta de 0,76%. Em Milão, o FTSE MIB ganhava 1,19%.
Em Londres, o FTSE 100 subia 1,09% e também renovou alta histórica, a 8.490,84 pontos. A queda nas vendas no varejo do Reino Unido em dezembro ampliou apostas por cortes de juros do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês) neste ano. Entre ações de destaque, Rio Tinto (+1,41%) e Glencore (+2,65) avançavam, depois que a Bloomberg revelou, de acordo com fontes, que as empresas discutem uma fusão.