As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, em sessão marcada por volatilidade, conforme investidores ponderam sobre o início da gestão de Donald Trump como presidente dos EUA. Trump reiterou promessas de ampliar tarifas comerciais em escala global, mas não começou seu primeiro dia de mandato já impondo novas restrições sobre a China, o que era temido pelos mercados.
Na China continental, o Xangai Composto encerrou em queda de 0,05%, a 3.242,62 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,25% a 1.939,70 pontos.
Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,91%, a 20.106,55 pontos. Entre ações de destaque, a incorporadora Country Garden saltou 17,5%, em seu primeiro dia de retorno às negociações, após anunciar que está próxima de acordo com credores. Segundo a Pepperstone, ações de Hong Kong devem ter uma consolidação no curto prazo diante da cautela com os detalhes pendentes sobre as tarifas de Trump nos EUA e incerteza quanto a recuperação econômica da China.
O cientista político e CEO da Eurasia, Ian Bremmer, disse que vê o mundo caminhando para uma guerra comercial e maior desconexão entre economias com o retorno de Trump à Casa Branca, tendo em vista que, além da China, o republicano olha para diversos países na questão das tarifas – incluindo outros países da Ásia, como Índia e Vietnã.
Em Tóquio, investidores se posicionam ainda para a aguardada decisão do Banco do Japão (BoJ, em inglês). O índice Nikkei fechou em alta de 0,32%, a 39.027,98 pontos, à medida que o iene fraco melhora perspectivas para o aumento nos lucros corporativos japoneses. Vice-ministro das Finanças para Assuntos Internacionais do Japão e principal autoridade cambial do país, Atsushi Mimura reiterou promessa de monitorar o câmbio todos os dias e que a volatilidade do iene não é desejada.
Em outras partes da Ásia, o índice Taiex subiu 0,14%, a 23.300,01 pontos, em Taiwan. Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,08%, a 2.518,03 pontos, em Seul.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve alta de 0,66% em Sydney, a 8.402,40 pontos.