As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (22), enquanto investidores avaliavam o quadro político dos EUA, após a desistência do presidente Joe Biden de buscar a reeleição, e digeriam um inesperado corte de juros na China.
Ontem, Biden decidiu não concorrer a um segundo mandato na eleição presidencial dos EUA em novembro e anunciou apoio à vice-presidente Kamala Harris para ser sua substituta como candidata do Partido Democrata. Se confirmada, Kamala Harris enfrentará o ex-presidente Donald Trump, que desponta como favorito nas pesquisas de opinião.
Horas depois, no fim da noite de domingo (pelo horário de Brasília), o banco central chinês (PBoC) inesperadamente reduziu suas principais taxas de juros em 10 pontos-base, uma semana depois de dados mostrarem que o Produto Interno Bruto (PIB) da China não apenas desacelerou, como avançou em ritmo bem mais fraco do que o esperado no segundo trimestre.
Apesar do estímulo monetário, os mercados chineses ficaram no vermelho hoje, pressionados por ações de petrolíferas. O Xangai Composto recuou 0,61%, a 2.964,22 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,10%, a 1.608,49 pontos. No setor energético, PetroChina e Cnooc tombaram 3% e 3,4%, respectivamente. Na sexta-feira (19), as cotações do petróleo sofreram perdas de cerca de 3%.
Em Hong Kong, por outro lado, o Hang Seng reagiu em alta à surpresa do PBoC e avançou 1,25%, a 17.635,88 pontos.
Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei teve baixa de 1,16% em Tóquio, a 39.599,00 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,14% em Seul, a 2.763,51 pontos, e o Taiex registrou queda mais expressiva em Taiwan, de 2,68%, a 22.256,99 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da Ásia, também sob o peso do setor petrolífero. O S&P/ASX 200 caiu 0,50% em Sydney, 7.931,70 pontos.