O deputado federal Luciano Bivar (PE) desistiu da ação que movia contra o União Brasil para reaver a presidência do partido. Ele retirou o processo nesta última quinta-feira (16) dois dias depois de a legenda afastá-lo definitivamente do cargo, mas aceitar manter sua filiação. Nos bastidores, a informação é que trata-se de uma troca de gestos do parlamentar com a cúpula partidária.
À Coluna do Estadão, o atual presidente do União, Antonio de Rueda, nega que a manutenção de Bivar no partido tenha relação com a sua desistência na Justiça. Ele ressalta que o parlamentar já havia perdido na Justiça em duas instâncias. O dirigente ainda reforça que a decisão de mantê-lo no União foi da relatora do processo interno, senadora Professora Dorinha (TO).
Bivar temia ser expulso do partido porque, caso ficasse sem legenda, poderia perder o cargo de primeiro-secretário da Câmara. “A ação que desistimos foi sobre a anulação do processo disciplinar. Como resultado do julgamento foi positivo, desistimos da ação. Isso não nos impede, eventualmente, de ingressar com uma nova ação pedindo a anulação da eleição para a presidência do partido”, afirmou o advogado Mário Sergio Galvão, que defende o deputado.
Bivar abriu processo contra o União em março, logo após o recebimento de uma representação que pediu sua expulsão da legenda. Rueda foi eleito no dia 29 de fevereiro o novo presidente do União, logo após o deputado pernambucano brigar com os principais líderes da sigla.
O ápice do conflito foi o incêndio supostamente criminoso de casas de Rueda, que alega ter sido ameaçado por Bivar quando se colocou como candidato à presidência do União. O parlamentar nega participação no ato contra os imóveis do adversário político.