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Durante uma missa no último domingo, o bispo de Formosa, em Goiás, Adair José Guimarães, afirmou que o Brasil vive uma “ditadura” e que os condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro estão “sofrendo processos sem direito ao contraditório”. A declaração foi gravada e publicada nas redes sociais, e foi repercutida entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Quando o ímpio governa, o povo geme, e nós estamos sendo governados por ímpios. Somos um país mergulhado numa ditadura, onde não se tem mais liberdade, onde temos milhares de pessoas sofrendo com processos sem direito ao contraditório”, diz o sacerdote na gravação.
Assista:
O religioso chega a fazer referência a Débora Rodrgiues, presa durante os ataques à praça dos Três Poderes após pichar “perdeu, mané” em uma estátua representando a Justiça que fica em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal.
“Como pode uma mãe, por causa de um batom, pegar 17 anos, tendo seus dois filhos pequenos, e não podendo nem ficar presa em casa para cuidar dos filhos?”, acrescentou, em referência ao caso de uma manifestante que foi presa durante os ataques à praça dos Três Poderes, em janeiro de 2023, por pichar “perdeu, mané” numa estátua que representa a Justiça.
O bispo chegou a comparar a situação de Débora com a da ex-mulher do exgovernador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, ex-mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, condenada por envolvimento em esquemas de corrupção.
“A esposa do corrupto do Rio de Janeiro, que pegou 400 e tantos anos de cadeia e já está solto, e ela, que pegou mais de 80 e já está solta por causa dos filhos, esses têm direitos. Hoje no Brasil é beneficiado quem é do lado estranho, mas quem defende família, liberdade, religião, fé, propriedade privada, parece que não tem mais direito”, declarou.
O vídeo, publicado primeiramente em um perfil do TikTok, foi amplamente compartilhado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre eles a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
