Líderes mundiais se reunirão virtualmente nesta semana para a segunda Cúpula pela Democracia organizada pelos Estados Unidos, um evento que os críticos dizem ilustrar o progresso hesitante que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, tem feito no avanço dos direitos humanos e da democracia como foco de sua política externa.
A partir de quarta-feira, o evento envolve 120 países, grupos da sociedade civil e empresas de tecnologia e incluirá nações estrategicamente importantes onde grupos de direitos humanos expressaram preocupações sobre o estado da democracia, como Índia, Polônia e Israel.
Defensores de direitos têm elogiado o governo dos EUA por colocar um holofote na democracia, mas dizem que há poucas evidências de que os países participantes da cúpula tenham feito progressos na melhoria de suas democracias e que não há nenhum mecanismo formal para manter os participantes nos modestos compromissos assumidos na primeira reunião.
O governo norte-americano também reluta em fazer as escolhas difíceis necessárias para mostrar que está colocando os direitos humanos no centro de sua política externa, disseram especialistas.
“Acho que este governo, como qualquer outro governo, acabou de descobrir que isso é muito difícil”, disse Tess McEnery, que trabalhou com questões de direitos humanos no governo Biden até agosto de 2022 e agora está no Projeto de Democracia no Oriente Médio.
Ela acrescentou que, como os EUA são incapazes de mudar drasticamente o relacionamento com países vitais para seus interesses estratégicos como a Índia, “em vez disso, temos uma cúpula”.