O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, ofereceu ao governo Jair Bolsonaro apoio para que o Brasil se torne um sócio global da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), como moeda de troca para vetar o 5G da China.
O tema foi discutido por Sullivan com o governo de Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (5). O emissário de Joe Biden se encontrou com o ocupante do Palácio do Planalto e o ministro da Defesa, general Braga Netto.
Os americanos fizeram o aceno ao governo Bolsonaro em mais um lance da pressão que vem desde os tempos do governo Trump para que o Brasil vete a participação da Huawei, gigante de tecnologia da China, no futuro mercado de 5G nacional. O recado foi que uma coisa depende da outra, informa a Folha de S.Paulo.
Joe Biden tenta assim conquistar o apoio das Forças Armadas brasileiras nos esforços contra a presença da Huawei nas redes de 5G.
Segundo a reportagem, o tema atualmente divide os militares. Aqueles que trabalham no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) com o general Augusto Heleno são favoráveis ao banimento dos chineses, mas outros membros das Forças Armadas argumentam que nunca tiveram problemas com a Huawei.
Joe Biden oferece na sua parceria militar com o Brasil no âmbito da Otan condições especiais para a compra de armamentos de países que integram a organização e mais espaço para a formação e capacitação de pessoal militar nas bases militares da Otan ao redor do mundo.
A entrada na Otan como “sócio global” pode levar o Brasil a participar de guerras dos países da organização em troca de assistência militar caso o Brasil se envolva em algum conflito. Na América do Sul, o único país que tem o status de “sócio global” da Otan é a Colômbia.