“Joe Biden é um dos piores presidentes da história recente dos Estados Unidos”, avalia Morton Blackwell, fundador do Leadership Institute — instituto que ensina conservadores de todas as idades a terem sucesso na política, no governo e na mídia — e ex-assessor do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, em entrevista a Oeste na sexta-feira 19. Blackwell foi um dos convidados do 9º Fórum Liberdade e Democracia, promovido pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP).
Para ele, Biden é um líder muito diferente de Reagan. “Enquanto Regan foi um líder que defendeu a vida, a diminuição do Estado e, principalmente, as liberdades, Biden é um desastre: é favorável ao aumento do Estado, ao aborto e da burocracia”.
O ex-assessor de Reagan também avaliou a situação das liberdades no Brasil governado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. “Não acompanho a política brasileira, mas sei que Bolsonaro é favorável ao que eu defendo. Acredito que, nos Estados Unidos, Bolsonaro seria um grande líder dos conservadores.”
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Como o senhor avalia o governo do presidente norte-americano Joe Biden?
Biden é um dos piores presidentes da história recente dos Estados Unidos. Um desastre. Ele é favorável ao aumento do Estado, ao aborto e da burocracia. Tenho certeza que, neste ano, nas eleições do Congresso, os republicanos irão eleger muitos representantes, porque os democratas, liderados por Biden, não conseguiram fazer um bom governo até aqui.
Quais são as diferenças entre o governo Ronald Renan e a gestão de Joe Biden?
Reagan foi um dos maiores presidentes da história dos Estados Unidos. Um líder que defendeu a vida, a diminuição do Estado e, principalmente, as liberdades. Biden, em contrapartida, é um desastre. Está governando de forma oposta e, mesmo assim, de maneira desastrosa. Ele, no entanto, vai ver a resposta da população nas urnas.
O que o Brasil pode fazer para se tornar um país mais livre?
O Brasil tem de se modelar economicamente no Chile de Pinochet, no final do século 19, não em relação à política, mas à diminuição do Estado, na realização de inúmeras privatizações e foco no liberalismo. O Chile, economicamente, foi um modelo para a América Latina por muitos anos. O Brasil deve seguir essa linha. Hoje, infelizmente, com a eleição de Gabriel Boric pelos chilenos, as coisas viraram à esquerda, com muita estatização.
Qual é a sua avaliação sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro?
Não acompanho a política brasileira. Não conheço muitas lideranças políticas do Brasil. No entanto, Bolsonaro, no pouco que conheço, é contra o aborto, favorável às liberdades individuais e contrário ao crescimento do Estado. São características que me aproximam dele. Acredito que, nos Estados Unidos, Bolsonaro seria um grande líder dos conservadores.