O democrata Joe Biden, virtual vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, anunciou novas nomeações para sua equipe de governo nesta terça-feira, enquanto o atual presidente, Donald Trump, continua sem aceitar a derrota eleitoral.
Após ter nomeado na semana passada como chefe de gabinete Ron Klain, um forte crítico da forma como Trump administrou a pandemia, Biden anunciou nesta terça-feira vários colaboradores de campanha para outros cargos importantes.
Entre as nomeações estão o congressista de Louisiana Cedric Richmond, copresidente de campanha, como conselheiro sênior e diretor do Escritório de Participação Pública; e Jen O’Malley Dillon, sua gerente de campanha, como subdiretora de pessoal.
Também foi nomeada Julissa Reynoso, que no governo de Barack Obama foi secretária de Estado adjunta para a América Latina e embaixadora no Uruguai, desta vez como chefe de gabinete da primeira-dama.
O escolhido para o posto de assessor principal da primeira-dama foi Anthony Bernal, vice-gerente de campanha e assessor e pessoa de confiança da família Biden há mais de uma década.
Uma nomeação possivelmente controversa para o gabinete de Biden é a de Steve Ricchetti, que foi vice-chefe de gabinete de Bill Clinton, devido ao histórico como lobista.
Segundo “The Wall Street Journal”, Ricchetti fundou uma empresa de lobby com o irmão Jeff em 2001, da qual saiu para começar a trabalhar com a Biden e que ganhou vários contratos com empresas farmacêuticas no ano passado. Alguns grupos progressistas têm pedido para Biden manter lobistas fora de seu eventual governo.
Entre outras nomeações para cargos importantes estão a de Julie Rodriguez, vice-diretora de campanha e ex-assistente da vice-presidente eleita Kamala Harris, que será diretora do Escritório de Assuntos Intergovernamentais da Casa Branca; e Annie Tomasini, chefe de pessoal da campanha de Biden, que se tornará diretora de operações da Sala Oval.
“Estas pessoas diversas, experientes e talentosas demonstram o compromisso do presidente eleito Biden em construir um governo que se pareça com os Estados Unidos”, com “profunda experiência governamental”, disse a campanha de Biden em comunicado.