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segunda-feira 14 de janeiro de 2019 às 08:01h

Battisti chega à Itália e será levado direto para prisão em Roma

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O avião com o italiano Cesar Battisti , de 64 anos, pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, por volta das 8h40m (horário de Brasília) desta segunda-feira. Ao desembarcar, ele foi recebido pelos agentes do GOM, o grupo operativo móvel da polícia penitenciária da Itália , que o levarão para a  prisão de Rebibbia, na capital italiana. Várias autoridades do governo da Itália estavam presentes no momento da aterrissagem do avião, entre eles os ministros Alfonso Bonafede, da Justiça, e Matteo Salvini, do Interior. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Administração Prisional da Itália.

Salvini adiantou que pretende pedir ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, para apelar ao presidente da França, Emmanuel Macron, para extraditar cidadãos acusados pela Justiça italiana:

– Vou pedir imediatamente ao presidente do Conselho de Conte para escrever ao presidente Macron que a França devolverá alguns delinquentes para nós.

Battisti foi capturado no sábado nas ruas de Santa Cruz de La Sierra , na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo um vídeo feito no momento da prisão, ele usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Esse foi um dos disfarces que a Polícia Federall divulgou que poderiam ser usados pelo italiano . Ao ser preso, Battisti não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português. A prisão do italiano gerou grande repercussão internacional .

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou no domingo a operação e conversou por telefone com o primeiro-ministro italiano, que agradeceu a colaboração do governo brasileiro. Em pedido de asilo ao governo boliviano, Battisti atribuiu a fuga do Brasil à eleição de Bolsonaro .

Nos últimos dias da gestão Michel Temer, houve a decisão do STF. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.

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