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sexta-feira 29 de outubro de 2021 às 12:48h

Base de Pacheco no PSD descarta chapa com Lula em 2022

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Após a filiação de Rodrigo Pacheco ao partido, líderes do PSD reforçaram o discurso segundo o Estadão, de que, embora ele negue publicamente, o presidente do Senado ingressou na legenda com a proposta de ser candidato à Presidência em 2022.

O bom trânsito com setores do PT e o caráter pragmático da legenda presidida pelo ex-ministro Gilberto Kassab colocaram o senador por Minas como um nome lembrado para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A intenção do petista é atrair o PSD, como parte da busca por aliados no centro político. Em um encontro recente, entretanto, Kassab disse a Lula que o partido terá candidato próprio e que confia que será Pacheco.

– Temos de nos diferenciar. Não tem sentido partidos existirem apenas para apoiar candidaturas de outras legendas. Nossa decisão é ter candidatura própria, e acredito que será o Rodrigo Pacheco que, como presidente do Senado, saberá a hora certa de anunciar sua decisão – afirmou Kassab.

Líderes do PSD de Minas também descartam a hipótese de Pacheco integrar um projeto eleitoral capitaneado pelo PT.

– Não há a mínima possibilidade disso acontecer – disse o líder do PSD na Assembleia Legislativa mineira, deputado estadual Cássio Soares.

‘JK’


Pacheco deixou o DEM e filiou-se ao PSD anteontem, num evento que procurou associá-lo ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, no Memorial JK, em Brasília.

– Há algumas simbologias. Juscelino foi um político mineiro e otimista, como é o Pacheco – disse Kassab.

Na verdade, Pacheco é natural de Porto Velho (RO), mas fez carreira profissional e política em Minas. Em 2014, foi eleito deputado federal pelo PMDB (atual MDB). Na Casa, ocupou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), feito incomum para um parlamentar de primeiro mandato. Dois anos depois, candidatou-se a prefeito de Belo Horizonte, mas foi derrotado pelo atual prefeito Alexandre Kalil (PSD). Em 2018, filiou-se ao DEM e disputou vaga no Senado. Foi eleito presidente da Casa em 2021, com apoio de bolsonaristas e do PT.

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