Luís Roberto Barroso enviou à Justiça do Distrito Federal o processo em que Arthur Lira, candidato de Jair Bolsonaro à Presidência da Câmara, é acusado segundo a coluna de Guilherme Amado pela ex-mulher de injúria e difamação, por chamá-la de “vigarista profissional”.
Em decisão assinada em novembro, o ministro considerou que a fala de Lira não tem relação com o exercício da função parlamentar e, por isso, não deve ser julgada pelo STF.
A decisão atende a um pedido da PGR, em que Augusto Aras afirmou que o caso “insere-se no âmbito da contenda familiar”.
Jullyene Lins foi casada com o deputado entre 1997 e 2007.
Em dezembro de 2019, Jullyene afirmou ao repórter Hugo Marques que Arthur Lira recebia dinheiro em malotes e conseguiu um patrimônio de R$ 40 milhões com dinheiro de corrupção.
Como resposta, Lira afirmou que a ex-mulher era uma “vigarista profissional querendo extorquir dinheiro”.
Com base nisso, Jullyene apresentou uma queixa-crime contra Lira, por injúria e difamação e pedindo um inquérito para apurar uma suposta sonegação fiscal do ex-marido.
Lira afirmou que sua alegação estava protegida pela imunidade parlamentar.