O Banco do Brasil realiza, neste sábado (18), a quinta edição do Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão. Em Salvador, um grupo formado por conselheiros externos voluntários, representantes de raças e etnias sub-representadas, e por representantes da alta administração do BB, debaterá percepções sobre ações afirmativas para esses grupos que tem sido minorizados ao longo do tempo, tendo em vista questões de mercado de trabalho, inserção de negros (pretos e pardos) e povos originários no sistema financeiro, entre outras questões. O objetivo do Conselho é ouvir os representantes para entender como o BB pode ser um catalizador para tornar a sociedade brasileira menos desigual, além de apresentar boas práticas do Banco sobre o tema para promover a igualdade étnico-racial e o combate ao racismo, conforme pacote de medidas anunciadas pelo BB nesta semana.
“Debater essas questões é fundamental para se alcançar uma sociedade de fato justa, em que todos tenham a possibilidade de escolha, de construir o futuro que desejar. Estamos falando de oportunidades iguais para todos, respeitando e mais do que isso, valorizando a diversidade de cada um”, afirma Ana Cristina Rosa Garcia, vice-presidente corporativa do Banco do Brasil.
“A cada Conselho realizado temos aprendido muito sobre o quanto precisamos evoluir enquanto sociedade e, claro, Banco. Afinal, representamos a pluralidade do nosso país em nossas dependências e essa é a nossa maior força”, salienta. E nesta esta edição, em Salvador, não foi diferente. “Estamos aprendendo e isso será muito valioso para ampliar nosso olhar e fortalecer as nossas ações quanto ao tema”, afirma Ana Cristina.
Em julho deste ano, o Banco do Brasil assinou protocolo de intenções com o Ministério da Igualdade Racial (MiR) com o objetivo de unir esforços em ações direcionadas á superação da discriminação racial, à inclusão e a valorização das mulheres negras, a fim de fixar diretrizes e promover:
• o ingresso de jovens negras no mercado de trabalho;
• a valorização de iniciativas e produções de mulheres negras, sobretudo aquelas que se referirem a projetos culturais;
• ações de fomento à formação e capacitação direcionadas às jovens negras e periféricas;
• ações de fomento ao empreendedorismo e fortalecimento de micro e pequenos negócios de mulheres negras;
• o estímulo à ocupação equilibrada de espaços de liderança no BB, considerando o respeito à diversidade étnica e de gênero; e
• apoio mútuo e intercâmbio de experiências no sentido de ampliar as políticas afirmativas internas de raça e gênero, trazendo uma perspectiva interseccional às iniciativas em curso ou a serem realizadas pelo BB.
Ainda no mês de julho, o Banco renovou a parceria iniciada em 2018 com a Universidade Zumbi dos Palmares, aderindo à Carta da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, movimento formado por empresas comprometidas com a promoção da inclusão racial e a superação do racismo no ambiente corporativo.
Em agosto, o BB lançou novos compromissos públicos em sua pauta ASG, no Planejamento de Sustentabilidade do Banco – Agenda 30. Dentre eles, destaque para a meta concreta de chegar a pelo menos 30% de pretos, pardos, indígenas e outras etnias sub-representadas em cargos de liderança até 2025. Destaque-se que ainda em março de 2023, o Banco do Brasil já alcançou a meta de 23% de pretos e pardos em cargos de gestão sênior previsto para 2025, motivo pelo qual a meta antiga foi revista para maior.
Já em outubro foi lançado o Programa Piloto de aceleração “Raça é Prioridade”, em fase de aprovação, que tem o objetivo de identificar e desenvolver a aceleração de carreira dos funcionários de raças sub-representadas. Está previsto atingir público-alvo de até 150 pessoas negras que serão identificadas, desenvolvidas e aceleradas, podendo ser qualificadas e nomeadas prioritariamente, na existência de vagas, nas funções de gerencias em toda a transversalidade técnico-administrativa operacional, tática e estratégica do BB.
Diversidade no centro da estratégia e em debate de forma consistente
A proposta dos encontros mensais do Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão é unir a experiência do Banco do Brasil a olhares externos, para evoluções positivas dos marcadores sociais da diferença nas dimensões da diversidade. O primeiro encontro, realizado em Brasília, abordou questões relacionadas à causa LGBTQIAPN+.
No segundo encontro, em Belém, o debate foi sobre equidade de gênero. Já o terceiro encontro, em São Paulo, pautou o tema neurodivergentes, pessoas que convivem com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno do espectro autista (TEA), transtorno afetivo bipolar, altas habilidades, entre outros. Por fim, o quarto encontro, que ocorreu no Rio de Janeiro, abordou as diferentes gerações que convivem atualmente no mercado de trabalho.
Em dezembro, o Conselho se encontrará novamente, desta vez para discutir questões sobre pessoas com deficiência (PcD). A reunião, programada para acontecer em Curitiba, no dia 14, é um movimento importante para discussão de incluir PcDs em a pauta racial e está em consonância com o movimento da ONU “Raça é Prioridade”, do qual o BB é embaixador.
O Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão integra o Programa de Diversidade instituído pelo BB em março de 2023. Além do Conselho, o Programa conta com o Comitê Estratégico de Pessoas, Equidade e Diversidade, fórum deliberativo interno multidisciplinar que concretiza iniciativas em prol da diversidade e de avanços quanto à temática em processos internos e ações mercadológicas.
Nesta edição, o Conselho Consultivo conta com a participação de:
Convidados externos:
Eduardo Alves de Oliveira
Sócio e líder do pilar de raça da PricewaterhouseCoopers (PwC). É Doutor e Mestre em Ciências Contábeis pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Advogado, graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie). Contador, graduado em Contabilidade pela FEA-USP. Atua em consultoria tributária para indústria financeira. Atuou profissionalmente na PwC Boston (2016 -2017) atendendo diversas modalidades de investidores. Professor na área tributária, com foco em M&A e em fundos de investimentos.
Ilza Cruz
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (2000). Especialista em Gestão Pública e História e Cultura Afro-brasileira Africana e Indígena. Tem experiência na área de educação, gestão pública e políticas de promoção da igualdade racial e de gênero.
Larissa Pankararu
Indígena do Povo Pankararu, do sertão de Pernambuco. Estudante do curso de engenharia ambiental, atualmente é Coordenadora de Políticas para Indígenas LGBTQIA+ da secretaria de Articulação e Promoção dos Direitos Indígenas, do Ministério dos Povos Indígenas.
Nina Silva
É executiva de Tecnologia há mais de 20 anos, especialista em Gestão de Negócios, Tecnolínguas e Transformação Digital com atuação internacional. CEO e uma das fundadoras do Movimento Black Money e D’Black Bank. Empresária, investidora Anjo, conselheira de administração e professora no IBGC, mentora de programas da Columbia University, considerada a Mulher Mais Disruptiva do Mundo em 2021. Foi eleita empreendedora do Ano na Isto É Dinheiro, presente na lista dos mais influentes latam da Bloomberg Linea por dois anos consecutivos, uma das mulheres mais importantes do Brasil pela Forbes e uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo chancelada pela ONU Global.
Selma Dealdina
Quilombola do Território do Sapê do Norte (nascida no Quilombo Angelim 3, morando atualmente morando no Quilombo Morro da Arara), em São Mateus, no Espírito Santo. Assistente Social, graduanda em História (licenciatura) e Gestão Financeira. Ex-gerente de Política para as Mulheres do Espírito Santo. Assessoria da Coordenação Estadual das Comunidades quilombolas do Espírito Santo ‘Zacimba Gaba’; do Coletivo de Mulheres da CONAQ, Via Campesina, Núcleo da Marcha das Mulheres Negras do Espírito Santo; Comissão Espírito Santense de Folclore; Coletivo Auto-organizado de Mulheres de São Mateus – BELAS, Coletivo Mulheres Pretas de São Mateus (ES) e Coalizão Negra por Direitos. Conselheira da Anistia Internacional e vice-presidente Fundo Socioambiental Casa e Membro do Instituto ELIMU Professor Cleber Maciel (ES). Organizadora do livro Mulheres Quilombolas territórios de existências negras femininas.
Valdélio Santos Silva
Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia. Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Bahia e doutorado no Programa em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia. É professor Titular da Universidade do Estado da Bahia. Tem experiência na área de Sociologia e Antropologia, com ênfase em quilombos rurais e ações afirmativas, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, banca examinadora, quilombos contemporâneos, políticas de ações afirmativas, congressos, artigos e textos em livros.
Jacarandá Tupinambá
Liderança do território Tupinambá de Olivença.
Representantes do BB:
Ana Cristina Garcia
Vice-presidente Corporativa. Foi funcionária de carreira do Banco do Brasil por 27 anos, tendo se aposentado em 2021. É graduada em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), com especialização em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De 2019 a 2021 foi Diretora de Administração e Finanças da Cassi. No BB, de 2012 a 2019, atuou como Gerente Executiva na Diretoria de Gestão de Pessoas nas áreas de Ascensão Profissional, Ética, Disciplina e Ouvidoria, tendo sido coordenadora do Programa Pró-equidade de gênero por cinco anos e participado de diversas ações e discussões sobre o tema no Brasil e no Exterior. O trabalho realizado de Pró-equidade de gênero e raça foi premiado no Brasil e reconhecido pela ONU Mulheres.
Denísio Liberato
Doutor e Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com graduação em Economia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG). Assumiu no dia 06 de julho de 2023 o cargo de CEO da BB Asset Management, maior gestora de fundos de investimentos do Brasil. No BB iniciou a carreira em 2000, atuando nas Diretoria de Finanças (Difin), Internacional (Dirin) e na Unidade Private Banking (UPB). A partir de 2013, foi cedido ao Governo Federal para atuar na Secretária de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Em seu retorno ao BB, trabalhou nas Diretorias de Governança (Direg) e na de Mercado de Capitais (Dimec). Foi indicado pelo BB como diretor de Participações na Previ, fundo de previdência complementar dos funcionários do Banco do Brasil. Em junho de 2022 assumiu a Diretoria de Investimentos na mesma instituição.
Felipe Prince
Vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos, responsável pelas áreas de Crédito, Riscos, Controles Internos e Compliance, Segurança Institucional, Segurança Cibernética, Prevenção a Fraudes e PLD/FTP. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha, possui especialização em Finanças pela Universidade de Brasília e MBA em Gestão do Risco de Crédito pela Fundação Getúlio Vargas. Funcionário de carreira há 22 anos, atuou na Rede de Agências, Superintendência de MG, Diretoria de Agronegócios e Diretoria Internacional. É pai do Bruno, do Benício e do Theo.
Geovanne Tobias
Vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores. Foi funcionário de carreira do Banco do Brasil por 23 anos (1987 a 2010). É graduado em Economia na Universidade de Brasília (UnB), possui MBA em Marketing pelo COPPEAD e mestrado em Administração pelo Ibmec. Foi Vice-Presidente do Bank of America no Brasil de 2015 a 2022, atuando em negócios para os mercados de M&A, Dívida e Ações, e Diretor de Participações na Previ de 2010 a 2015. No BB, foi Gerente Geral de Relações com Investidores de 1999 a 2010, sendo premiado como Melhor Profissional de Relações com Investidores pela IR Magazine. Antes disso, atuou nas áreas de Finanças, Mercado de Capitais, Estratégia e Marketing. Foi Presidente do Conselho de Administração da Neoenergia (2011 a 2015) e membro do Conselho de Administração da Vale (2011 a 2015).
Kelly Quirino
Membro do Conselho de Administração eleita pelos empregados (CAREF) do Banco do Brasil. Doutora em Comunicação pela Universidade de Brasilia (UNB), Mestre em Comunicação Midiática e Jornalista Diplomada pela Universidade Estadual Paulista. Atuou na área de Comunicação da Fundação Banco do Brasil com produção de conteúdo externo, comunicação interna e eventos. Pesquisadora visitante por meio do Programa Doutorado-Sanduíche da Capes na Tulane University no período de agosto de 2015 a maio de 2016. Atualmente é assessora da gerência de Comunicação Interna na Diretoria de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil.