O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, pela quinta vez consecutiva, a taxa básica de juros Selic. A redução foi de 0,25%, passando de 4,5% para 4,25% para este ano. Esse é o menor percentual registrado da história. A decisão tomada pelo comitê levou em conta a recuperação gradual da economia brasileira e a perspectiva da inflação se manter dentro da meta. Segundo o comunicado do banco, apesar de algumas incertezas no cenário externo, o ambiente ainda é favorável para economias emergentes como o Brasil.
A Selic é a taxa de juros mais importante da economia brasileira. Ela é um instrumento de política monetária que permite controlar a inflação e o nível de investimento do País. Com a redução, a taxa impacta diretamente no bolso do consumidor, por ser referência para os demais juros da economia. O crédito fica mais barato, o que incentiva a produção e o consumo. Fica mais fácil, por exemplo, fazer um financiamento.
Com a Selic mais alta, a tendência é que as taxas cobradas em empréstimos sejam maiores. Neste caso, a Selic tem um papel muito importante ao uniformizar a taxa de juros dessas negociações.
Durante a primeira reunião do ano, o Copom avaliou que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado. Em comunicado, o comitê indicou que “é necessário perseverar nesse processo, para conseguir consolidar a queda da taxa de juros estrutural e a recuperação sustentável da economia.”
O Comitê enfatizou ainda que seus próximos passos dependem da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021.