No primeiro dia do Pix, o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, o Banco Central registrou mais de 1 milhão de transações que somaram R$ 777,324 milhões. De acordo com balanço parcial divulgado no fim desta segunda-feira, 16, o valor médio das transações liquidadas foi de R$ 773,43.
Para a autoridade monetária, apesar de o novo sistema ter apresentado problemas no primeiro dia de funcionamento foram incidentes “pontuais e esperados”.
“A avaliação do Banco Central é que o primeiro dia de operação ampla do Pix transcorreu de forma absolutamente normal, com incidentes pontuais esperados para o primeiro dia de operações amplas, e com números expressivos, comprovando a efetividade do novo meio de pagamento e o enorme interesse dos usuários”, afirmou a autoridade monetária ao Estado de S. Paulo.
A tecnologia desenvolvida pelo Banco Central já está disponível para clientes de 734 bancos, corretoras e instituições financeiras que operam no País.
A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser um sistema gratuito e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana. Mas também servirá para efetuar compras on e offline. Por ser instantâneo, as trocas devem ocorrer em até 10 segundos.
O principal objetivo do sistema é aumentar a digitalização das transações financeiras no Brasil. Segundo o BC, a adesão também ajudará a aumentar a competição no mercado financeiro e reduzir o uso de papel moeda.
Incidentes naturais
Segundo a nota, os sistemas operados pelo BC apresentaram “disponibilidade total e pleno funcionamento ao longo de todo o dia” e incidentes foram identificados com as instituições financeiras e de pagamento principalmente nas primeiras horas de operação do PIX.
“[Os incidentes] foram acompanhados de perto pelo Banco Central, tendo sido solucionados rapidamente, não comprometendo a avaliação geral bastante positiva do primeiro dia de funcionamento amplo do Pix”, completou.
O BC informou que houve situações pontuais em que em que o efetivo crédito na conta do cliente foi feito em tempo superior ao exigido nos requisitos de nível de serviço, mas que foram incidentes considerados naturais pela equipe técnica do Banco Central, dada “a complexidade dessa inovação tecnológica”.
“Para uma melhor experiência de pagamento, o Banco Central reforça o uso das Chaves Pix, que além de tornar mais simples a operação, garante que as informações da conta estejam correta”.
Até agora, mais de 73,1 milhões de chaves Pix foram cadastradas. A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitado no banco). Por meio dela, é possível receber pagamentos e transferências. A chave é um “facilitador” para identificar o recebedor, mas não é indispensável para receber um Pix.