O Banco Central (BC) cortou nesta última quarta-feira (18) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, ao novo mínimo histórico de 3,75%, devido ao risco de desaceleração econômica provocada pela pandemia de coronavírus.
O corte, aprovado por unanimidade pelos nove membros do Copom, é superior à redução de 0,25 ponto percentual esperada, em média, pelo mercado.
O risco de uma inflação abaixo do esperado “se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque amento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado”, aponta o comunicado do Copom.
A instituição não descarta cortes adicionais da Selic, embora os condicione à continuidade do “processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira”, uma vez que, de outro modo “podem se tornar contraproducentes”.
Esté é o sexto corte consecutivo da Selic. Em sua última reunião, no começo de fevereiro, o Copom indicou que considerava “adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária” iniciado em julho de 2019. Mas em 3 de março, quando a crise paralisava China, Itália e se estendia a outros países de Europa e Estados Unidos, a instituição monetária assinalou que estava disposta a estudar um novo corte da taxa, dado “o impacto da desaceleração global”.
A próxima reunião do Copom será em 6 de maio.